Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

SÃO PAULO - A concorrência do produto importado afetou parte da indústria paulista e provocou queda no nível de emprego em três dos 22 setores pesquisados pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) na comparação entre janeiro e junho de 2011 e 2010. As demissões aconteceram em artefatos de couro, calçados e artigos para viagem, confecção de artigos do vestuário e acessórios e produtos têxteis, com recuo de 6%, 1,3% e 0,7%, respectivamente. No mesmo período, o nível de emprego do conjunto da indústria do Estado de São Paulo cresceu 4,5%, com a criação de 116,5 mil vagas.

Entre junho e maio, a queda de 0,13% do nível de ocupação, com o fechamento de 500 vagas, foi distribuída em nove dos 22 setores e em 17 das 36 regiões. Os segmentos de têxteis e calçado registraram saldo negativo de 661 e 575 vagas, respectivamente. Das regiões que compõem a pesquisa da Fiesp, a queda mais acentuada no nível de emprego foi registrada em Botucatu, com recuo de 9,5% sobre maio. Segundo a Fiesp, o setor que mais influenciou esse movimento foi o de confecção e artigos de vestuário e acessórios - queda de 69,4%.

Moacir Fernandes Filho, diretor do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp) de Botucatu, explica que o fechamento de uma grande empresa da região que está em processo de recuperação judicial é responsável pelo péssimo resultado mensal. Algumas das outras indústrias do setor alocadas nos 41 municípios da regional, porém, ainda estão contratando.

De acordo com ele, a produção da empresa em concordata era em sua maioria voltada ao mercado externo, e perdeu espaço para o produto asiático. Segundo outra fonte da Ciesp, que não quis se identificar, o fechamento da fábrica resultou em 500 demissões.

Fernandes reconhece, porém, que o setor têxtil vive um mau momento. "Sabemos que existem algumas barreiras para a importação, o que continua dando um certo alento, mas alguma coisa tem de ser feita para conter o câmbio. Algumas empresas conseguem sobreviver porque estão inovando, mas outras perdem competitividade para produtos asiáticos".

Para Paulo Francini, diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos (Depecon) da Fiesp, o que mais afeta a indústria no cenário atual é o aumento do coeficiente de importação - o peso no consumo local. "Quando você sai de uma taxa de 18,6% em 2008 e vai para 22% em 2010, isso reduz uma barbaridade de empregos e renda", argumentou.

De acordo com a Fundação Centro de Estudos do Comércio Exterior (Funcex), o volume importado de produtos têxteis pelo Brasil aumentou 24,5% entre janeiro e maio de 2011, na comparação com mesmo período ano passado. A importação no setor de artefatos de couro e calçados foi 35,6% maior no mesmo período.

Fonte:| http://www.valoronline.com.br/online/comercio-exterior/43993/456987...

 

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Enquanto o governo estiver financiando sua farra com juros altissimos, todo o capital do mundo virá para cá para se aproveitar desse rico filão, valorizando o real, baratenado importações e destruindo empregos. Acorda Brasil!

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