A construção de tijolos aparentes com dois gigantes torreões surge ao final de um bosque para quem pega a Avenida dos Operários Foto: Custódio Coimbra / Agência O Globo
Pelo chão da primeira indústria de tecidos do Brasil, passaram gerações de famílias da cidade da Baixada. Lá, a 40 km da capital do Império, a Cia. Têxtil Brasil Industrial, com cerca de 400 máquinas de tear ajudava a forjar um país moderno. E, hoje, 150 anos depois, o complexo, aberto pessoalmente por Dom Pedro II, continua fazendo história.
Em vez de operários, pela atual Fábrica do Conhecimento, assim transformada em 2002, circulam hoje estudantes e professores — que totalizavam cerca de 5 mil antes da pandemia, ou 10% da população de Paracambi. No local há de aulas de balé, teatro e música clássica para crianças a cursos de pós-graduação, reunindo instituições de ensino, pesquisa e cultura das esferas municipal, estadual e federal. E, em breve, como parte dos festejos de aniversário, começará a funcionar um centro de memória.
— Minha avó materna era tecelã da fábrica. Meu avô também trabalhou aqui, como faz-tudo.
Da maquinaria original, resta só uma retificadora usada em estamparia. Pai de Julieta, Davi Romeiro, professor do IFRJ, busca doações e patrocínios para o museu, além do tombamento do conjunto pelo Iphan. Ele sonha num centro de memória como os existentes em antigas indústrias europeias:
— A fábrica nasce como símbolo da nossa indústria ao fim do Brasil Império.
https://extra.globo.com/noticias/rio/inaugurada-pelo-imperador-pedr...
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