Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Indústrias e sindicatos criticam ajuste fiscal e preparam manifesto

Associações e centrais pedem mudanças para ‘salvar’ indústria e empregos.
Documento em elaboração reclama dos juros, câmbio e carga tributária.

Setores da indústria brasileira e centrais sindicais decidiram se unir para pedir mudanças na politica econômica e medidas que permitam estacar a chamada "desindustrialização", recuperar a competitividade do setor produtivo brasileiro e a manutenção dos empregos no país.

Batizado de "Manifesto da Coalizão Capital-Trabalho para a competitividade e o Desenvolvimento", o documento está sendo elaborado com a participação de mais de 40 entidades industriais, incluindo a Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), a Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), a Câmara Brasileira da Indústria a Construção, o Instituto Aço Brasil, além das princiais centrais sindicais como Força Sindical e CUT. A intenção é divulgar o documento e endereçá-lo à presidente Dilma Rousseff ainda este mês.

Um rascunho do manifesto foi divulgada nesta quinta-feira (5) pelo jornal "O Estado de S. Paulo" e causou mal-estar entre algumas associações, pois ainda não há consenso sobre a pauta de reivindicações. A Abit, por exemplo, não quis comentar o assunto.

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Não tem cabimento querer fazer ajuste fiscal em cima de aumento de impostos e redução de investimentos, sem mexer no custeio"
José Carlos Martins, presidente CBIC.

Embora o documento ainda esteja em elaboração, no foco do manifesto estão críticas aos juros elevados, ao câmbio, à carga tributária e à cumulatividade de impostos. O texto vem sendo discutido desde dezembro, mas entrou numa espécie de regime de urgência após os primeiros indicadores do ano apontarem para um ambiente de recessão.

Críticas ao ajuste fiscal
A decisão do governo de elevar o imposto das empresas antes beneficiadas com a desoneração ... de pagamentos e de reduzir a alíquota do Reintegra, diminuindo o benefíxio para os exportadores de manufaturados, fez piorar ainda mais o ânimo dos empresários.

“Não tem cabimento querer fazer ajuste fiscal em cima de aumento de impostos e redução de investimentos, sem mexer no custeio”, critica José Carlos Martins, presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC).

"Todo mundo defende o ajuste, mas a expectativa, ao menos da área industrial, era que o ajuste fosse feito muito mais voltado para corte de despesas. Reduzir o Reintegra de 3% para 1% tem um impacto monumental no setor", destaca o presidente do Instituto Aço Brasil, Marco Polo de Mello Lopes. "Ninguém tem dúvida que o ajuste fiscal é prioridade absoluta e tem por objetivo criar condições para que o país cresça. Mas se não tiver indústria, na hora que estiver pronto o ajuste, não haverá crescimento", completa.

'Não é movimento contra governo'
Ele faz questão de destacar, entretanto, que não se trata de um movimento contra o governo ou contra o ajuste fiscal promovido pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy.

"Estamos trabalhando nisso desde dezembro com o único objetivo: a recuperação da competitividade da indústria de transformação", afirma Lopes, lembrando que a participação da indústria de transformação no PIB, que na década de 80 era de 25%, recuou para 12%.

O presidente da Abimaq, Carlos Buch Pastoriza, uma das estidades à frente do movimento, também faz questão de afastar qualquer conotação político partidária na iniciativa.

"Não é movimento contra governo e nem sequer um movimento de oposição formal ou informal. É uma proposta para que o Brasil possa colocar a casa em ordem e, ao mesmo tempo, relançar a indústria brasileira, que é o único motor possível para que um país em desenvolvimento possa fazer crescer o PIB per capita", diz.

Ele critica, porém, pontos da atual política econômica e monetária, que encarece o chamado "custo Brasil". 

"O dólar ainda está defasado historicamente, a questão dos juros, que com esse novo aumento piorou ainda mais, voltou a ser o mais alto do planeta, a carga tributária, a falta de infraestrutura que afeta custos de logística... São estes os grandes temas", afirma Pastoriza.

Queda do emprego
Segundo Miguel Torres, presidente da Força Sindical, a união não tão comum de empresários e sindicatos em um manifesto tem por objetivo "salvar" a indústria.

"Estamos vendo o emprego indo embora e indústria fechando, então temos que nos unir”, diz.  "O remédio está errado. Cortar a cabeça fora de quem está com dor de cabeça não resolve o probelma. O ajuste fiscal tem outras frentes a atacar como a taxação de grandes fortunas e da remessa de lucro das empresas", opina.

Segundo informações do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), em janeiro as demissões superaram as contratações em 81.774 empregos. Foi o pior resultado para meses de janeiro desde 2009.

"No setor de construção, janeiro nunca tinha sido negativo", diz o presidente da CBIC. "É preciso rever o foco de política econômica, que só está reduz a atividade econômica. Não somos contra ninguém. O que queremos discutir e propomos são diretrizes na linha de não ser criar um ambiente recessivo", afirma.

http://g1.globo.com/economia/noticia/2015/03/industrias-e-sindicato...

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Respostas a este tópico

A Abit, por exemplo, não quis comentar o assunto.

A todos amigos que vivem / sobrevivem do setor têxtil:

Vocês já viram uma empresa demitir mil funcionários e o sindicato interceder e fazer ela re-contratar todos novamente ?

Vocês já viram algumas empresas exigir do governo redução de imposto (IPI) e o governo atendê-los imediatamente ?

Vocês já viram uma empresa expor uma situação e na mesma semana essa situação ser pauta no congresso ?

Pois é ... as empresas automobilísticas conseguem tudo isso.

E as empresa têxteis ... coitadinhas ... demitem, quebram, fala e ninguém as ouve ...

Por que será ?

Sds

Herbet

Romildo Leite,

Nos tornamos  na expressão da palavra,  pessoas chatas.

Batemos nesta técla durante  todo processo de campanha eleitoral.

Muitas foram as postagene em que se antevia esta realidade.

Agora o que fazer???????  assinamos um cheque a vista para madame, e agora!!!!!! 

Nada temos a reclamar, foi expontâneo, foi coercitivamente FORMAL.

 

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