Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Brasília – O governo elegeu a Confederação Nacional da Indústria (CNI) como coordenadora da interlocução que manterá com a indústria brasileira para a elaboração da segunda etapa da Política de Desenvolvimento Produtivo (PDP) e a formulação de uma nova estratégia de comércio exterior. O papel da entidade nessas tarefas foi definido durante a 27ª Reunião do Fórum Nacional da Indústria, realizada nesta segunda-feira, 14 de fevereiro, no escritório da CNI, em São Paulo.

O encontro foi conduzido pelo presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, e teve como convidados especiais o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, e o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho.

Pimentel e Coutinho informaram aos integrantes do Fórum que o governo pretende divulgar a PDP2 e a nova estratégia de comércio exterior dentro de 60 dias. “Há um sentimento de urgência por parte do governo no sentido de definirmos a PDP2 e tenho certeza que a CNI entende isso e nos auxiliará muito”, afirmou Coutinho ao final da reunião do Fórum.

O presidente da CNI respondeu prontamente e informou que o fórum colherá e ordenará as contribuições da indústria até o final de fevereiro, e as encaminhará ao Ministério do Desenvolvimento e ao BNDES em 1º de março.

REATIVAÇÃO DO CNDI – Pimentel informou que o governo reativará o Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial (CNDI) que foi criado em 2004, no âmbito da primeira política industrial do governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mas se reuniu apenas uma vez. “Vamos recriar, fazer renascer o Conselho como uma entidade de alto nível voltada para discussão, acompanhamento e implementação da política industrial do governo”, afirmou Pimentel.

Pelo lado do governo, o CNDI será composto por 14 ministros de estado e o presidente do BNDES. A indústria terá 14 assentos no conselho. Pimentel e Coutinho informaram que contam com a CNI e as associações setoriais para a escolha dos representantes da indústria.

Robson de Andrade destacou que a recriação do conselho agrada a indústria. Ele se comprometeu a trabalhar intensamente junto às federações da indústria e associações setoriais para definir o mais rapidamente possível a representação privada no CNDI. Observou também que a reunião do Fórum Nacional da Indústria inaugurou uma nova e proveitosa etapa de interlocução entre a indústria brasileira e o governo. “A CNI se compromete a ampliar esse diálogo, mantendo uma interlocução permanente com o Ministério do Desenvolvimento e o BNDES”, afirmou.

COMPETITIVIDADE – Durante a reunião, os integrantes do Fórum mostraram suas preocupações com a perda de competitividade de muitos setores industriais, provocada, entre outros fatores, pela excessiva valorização do real, altas taxas de juros, dificuldade de acesso ao crédito e agressiva concorrência externa, especialmente de países asiáticos.

Pimentel reafirmou que o governo fará tudo que estiver ao seu alcance para enfrentar esses problemas, destacando a aceleração das medidas de defesa comercial do país. Observou ainda que a PDP2 e a nova estratégia de comércio exterior também serão voltadas ao aumento da competitividade da indústria. O ministro e o presidente do BNDES ressaltaram que a prorrogação do Programa de Sustentação do Investimento (PSI), a ser anunciado nas próximas 48 horas, também ajudará a reduzir a perda de competitividade.

O Fórum Nacional da Indústria, órgão consultivo da direção da CNI, reúne os presidentes de associações nacionais setoriais e de federações de indústrias. Nos encontros, os empresários debatem temas de interesse nacional e propõem ações que promovam o crescimento da economia e da indústria.

(Fonte: CNI)

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