Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Ritmo de produção acelerado nas fábricas

Em 2013, a indústria têxtil e do vestuário de Três Lagoas estima crescimento de 3%. De acordo com Rinaldo Lazarino, sócio-proprietário da Mult Brasil Indústria e Comércio Ltda, esse acréscimo foi divulgado com base em cálculos do Radar Industrial da Federação das Indústrias do Estado do Mato Grosso do Sul (Fiems).
Porém, Lazarino confirma essa expectativa na sua empresa, que produz uniformes escolares e profissionais, além de peças da linha esportiva, porém tudo sob encomenda.
Ele explica que o acréscimo está relacionado à atitude do governo federal em barrar a importação de produtos fabricados na China.  Segundo Lazarino, hoje é impossível competir com os chineses. “Aqui, temos uma alta tributação na linha de produção e também nos encargos trabalhistas. Um funcionário que ganha R$ 1 mil reais sai para empresa por cerca de R$ 2 mil”, observou.

A Mult Brasil já produziu peças esportivas para a Adidas e Speedo, porém, perdeu ambos os clientes para a China, informou Lazarino. O ano de 2010 foi péssimo para a indústria têxtil e do vestuário. Agora, estamos na verdade recuperando o mercado. Por isso, é que a Fiems estima esse crescimento.
Segundo o economista José Nelson Costa Barros, um dos motivos para essa expectativa de crescimento é que no ano passado 30 milhões de brasileiros saíram da linha de pobreza. Esse fato gera um efeito multiplicador no consumo de vestuário. Outro detalhe é que o brasileiro, cada vez mais, exige qualidade e conforto nas roupas. “A moda é muito forte no Brasil, consequentemente, a indústria externa não consegue produzir tecidos para produção de peças mais elaboradas”, disse Barros.

Já Nelson Ubyrajara Truzzi Tupy, assessor do Sindicato Patronal da Indústria Têxtil e do Vestuário em Três Lagoas, não está tão otimista quanto Barros e Lazarino. Ele acredita que para a indústria alcançar o patamar de 3% de crescimento é preciso que a tributação do setor seja inferior. A Fiems está lutando para reduzir os altos encargos da categoria. Caso contrário, ele acredita ser impossível registrar o percentual previsto. “A tributação atrapalha em 90% o desenvolvimento da área têxtil”, esclareceu.

Números
Conforme Tupy, Três Lagoas conta hoje com aproximadamente 35 indústrias do segmento têxtil e do vestuário. Juntas, elas empregam aproximadamente 3.500 pessoas. Já no estado, são mais de 356 indústrias instaladas e 9.397 trabalhadores, incluindo os de Três Lagoas.

Mão de obra
O segmento têxtil da cidade tem muitas vagas de emprego, mas está faltando gente especializada para trabalhar no ramo. Muitos empresários estão precisando de costureira e de outros tipos de profissionais. As informações são do assessor do sindicato.

O Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) e o Serviço Social da Indústria (Sesi) ofereceram cursos nesta área, mas, na maioria das vezes, não aparecem interessados. O piso salarial inicial da categoria está em torno de R$ 650 reais para aprendiz e R$ 690 para oficial. Porém, de acordo com Tupy, a maioria das empresas paga um percentual acima do piso para atrair o interesse dos funcionários. O valor exato dos salários não foi divulgado.
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