Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Depois de um ano difícil, com queda na produção e aumento das importações de vestuário, setor espera voltar a crescer

Empresas brasileiras, como a Vicunha, investem em tecnologia e produtos de maior valor agregado para escapar da China

Empresas brasileiras, como a Vicunha, investem em tecnologia e produtos de maior valor agregado para escapar da China

Foto: Divulgação / Inexmoda

Depois de um ano difícil, com queda na produção e forte aumento das importações, o setor têxtil e de confecções brasileiro começa 2012 mais otimista. “Estou entusiasmada”, diz Anna Maria Kuntz, diretora comercial da Vicunha. “Depois de um ano trabalhoso como foi 2011, tudo indica que teremos um ano de alguma retomada para o setor.”

A expectativa de que o setor esboce recuperação em 2012 também é compartilhada por outras empresas brasileiras que participaram da ‘Colombiatex de las Americas’, considerada a maior feira têxtil da América Latina. “Esse ano começou muito bem, tanto que não vamos tirar férias no Carnaval”, afirma Ricardo Demirci, gerente de exportações da Farbe.

A estimativa da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit) é de que a produção do setor cresça 1,5% em volume neste ano, com faturamento de US$ 63 bilhões, praticamente estável em relação ao ano passado. Já as exportações devem crescer 10%. “Será um ano melhor”, diz Frederico Bernardo, diz Frederico Bernardo, diretor técnico do Texbrasil, programa de exportação do setor criado pela Abit e pela Apex-Brasil.

Na avaliação das principais empresas têxteis do País, 2011 foi um ano difícil e trabalhoso. “Foi muito atípico. Vimos muita concorrência com importados no mercado interno, custos elevados de matéria-prima, políticas comerciais desfavoráveis, tudo isso pesou bastante”, diz Marli Vernille Guth, gerente de marketing da Canatiba.

Exportações recuam

As exportações brasileiras do setor têxtil e de confecções (sem considerar fibra de algodão) recuaram 1,5% em 2011, para US$ 1,42 bilhão. Em volume, o recuo foi de 9% frente a 2010, para 266 mil toneladas. No ano, as vendas externas para a Argentina, maior mercado para a indústria têxtil brasileira, cresceram em ritmo menor em 2011 – o avanço foi de 11,5% em valor, para US$ 436,9 milhões, após ter registrado alta de 27,3% em 2010. Em volume, houve queda de 4%.

Setor têxtil busca novos mercados para ampliar exportações

Setor têxtil busca novos mercados para ampliar exportações

Foto: Divulgação / Inexmoda

As exportações para os Estados Unidos, segundo maior comprador de têxteis e confecções do Brasil, caíram pela metade no ano passado, para US$ 118 milhões. O volume exportado para o país foi 40,5% menor em 2011, segundo dados do Ministério do Comércio Exterior compilados pela Abit. O principal problema é a competição com a China. “Perdemos muitos clientes bons que tínhamos nos Estados Unidos para os chineses. Está complicado competir”, diz Débora Colen, gerente de exportação da Cedro Textil.

Para voltar a registrar aumento das exportações em 2012, os empresários brasileiros apostam na diversificação dos mercados – especialmente com a recente mudança no sistema de licenças de importação da Argentina, que travou as venda.... “Mais do que nunca é hora de continuar investindo mais em outros países da América Latina”, afirma Laurent Prout de exportação da Savyon.

Outra saída apontada pelo setor é ampliar investimentos em maquinário, para produzir tecidos com maior valor agregado. “A saída é investir em tecnologia e fabricar produtos diferenciados, porque se tentar competir com a China em tecidos básicos, não é viável”, diz Demirci, da Farbe.

Importações avançam

Além do recuo das exportações, o setor têxtil brasileiro também sofreu em 2011 com o avanço das importações – principalmente chinesas – no mercado doméstico. O valor importado aumentou 24,2% no ano passado, para US$ 6,17 bilhões. Já o volume importado teve ligeiro recuo de 1,2%, para 1,16 milhão de toneladas. “Não somos contra importações, mas queremos isonomia competitiva”, diz Bernardo, do Texbrasil. “Nossa relação com a China é muito tumultuada.”

Enquanto isso, a produção brasileira de vestuário e acessórios recuou 4,4% no ano, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No caso dos têxteis, a queda foi ainda maior (-14,9%). Já as vendas do setor no mercado doméstico cresceram 4,1% no acumulado do ano até novembro (últimos dados disponíveis).

Fonte:|http://www.noticiasrss.com.br/Post/Default.aspx?id=337753&notic...

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