Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Uma equipa da Universidade de Waterloo, no Canadá, desenvolveu um ecrã inteligente que consegue mostrar informação através de tecidos e vestuário, uma tecnologia que poderá levar à criação de novos dispositivos wearable ou simplesmente tornar-se num acessório de moda.

[©University of Waterloo]

A PocketView, como foi batizado, permite ver informação básica do telemóvel, como uma notificação ou mensagem, por exemplo, sem ter de o retirar do bolso, da mochila ou da bolsa. A tecnologia usa conjuntos de LED de baixa resolução em dispositivos que cabem num bolso que podem mostrar informação básica, podendo funcionar tanto como dispositivos independentes ou estarem ligados, por Bluetooth, a um smartphone.


Antony Albert Raj Irudayaraj e Nikhita Joshi [©University of Waterloo]

«Explorámos formas de se poder ver informação quando o telemóvel está no bolso ou noutra localização», explica Antony Albert Raj Irudayaraj, doutorando na Cheriton School of Computer Science, na Universidade de Waterloo. «Trata-se de ecrãs que mostram informação mínima. O suficiente para se estar a caminhar ou andar de bicicleta, por exemplo, e mostrar instruções de navegação básicas. Ou, por exemplo, quando se recebe uma mensagem e não se quer divergir a atenção do que está a fazer, pode-se espreitar este ecrã e ver a notificação», acrescenta.

Os ecrãs podem, assim, ser usados como assistentes de notificações, podendo fornecer, além de instruções de navegação, informação sobre fitness, como passos, calorias queimadas e ritmo cardíaco, ou até simplesmente mostrar uma mensagem às outras pessoas, incluindo notificações médicas para indicar uma potencial emergência.

Resposta ao mercado

Antes de avançar para a criação dos dispositivos, a equipa fez um estudo online com 112 inquiridos para perceber o seu interesse em informação quando o telemóvel está arrumado, a variedade e localização dos bolsos que as pessoas têm na roupa e o tipo de objetos que guardam nos mesmos. Dois-terços disseram querer aceder a informação no smartphone quando não está acessível, sendo que na questão dos bolsos as respostas foram mais variadas e, em termos de itens guardados, variaram de telemóveis a chaves, comandos (como os do automóvel ou portão de casa), carteiras e máscaras.


[©University of Waterloo]

«Alguns dos resultados do inquérito levaram-nos a repensar o tamanho, a forma e a funcionalidade dos ecrãs», revela Nikhita Joshi, outra doutoranda da equipa. «Os diferentes tamanhos são importantes porque muita roupa de senhora tem bolsos muito pequenos. Um telemóvel no bolso da frente pode ser desconfortável, por isso ter algo pequeno dá às pessoas mais opções. Criámos toda uma variedade de fatores de forma que podem ser também adequados para os bolsos mais pequenos», indica. Os protótipos desenvolvidos incluem smartphones, esferográficas e comandos (como os de casa ou carro).

«Obviamente que estamos focados no lado tecnológico e de programação da invenção», salienta o professor Daniel Vogel, da Cheriton School of Computer Science. «Mas mesmo como acessório de moda, é algo que as pessoas nos disseram que queriam. As pessoas podem usá-los em discotecas, em atividades desportivas e de muitas outras formas. É uma coisa simples, mas também uma ideia radical que tem muito potencial. E não exige eletrónica cara e exótica. O Antony [Albert Raj Irudayaraj] construiu e prototipou estes dispositivos no laboratório e podem facilmente ser postos em produção», esclarece.

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