Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

A inovação, resultante de uma parceria internacional, funciona debaixo de água e permite a interação, sem toque, com têxteis do quotidiano ou vestuário especializado, através de sensores magnéticos.

[©Free University of Bozen-Bolzano]

A equipa de investigadores da Universidade de Nottingham Trent, no Reino Unido, do Laboratório Helmholtz-Zentrum Dresden-Rossendorf, na Alemanha, e da Universidade Livre de Bozen-Bolzano, em Itália, desenvolveu têxteis eletrónicos laváveis e resistentes, com sensores do campo magnético que pretendem abrir o caminho para transformar a utilização no vestuário.

No novo estudo, intitulado “Submersible touchless interactivity in conformable textiles enabled by highly selective overbraided magnetoresistive sensors”, os autores revelam que os sensores magneto-resistivos, flexíveis e reativos, podem ser colocados em fios têxteis entrançados compatíveis com a produção têxtil convencional. Os sensores ficam integrados no tecido, permitindo que a sua posição seja identificada através de tingimento ou bordado, funcionando como controlos ou “botões” sem qualquer contacto.

«A nossa conceção poderá revolucionar os têxteis eletrónicos, tanto para vestuário especializado como para o dia a dia», afirma Pasindu Lugoda, o investigador principal, membro do Departamento de Engenharia da Universidade de Nottingham Trent.

Segundo os autores, ao integrar a tecnologia no vestuário do dia a dia, as pessoas poderão interagir com computadores, telemóveis inteligentes, relógios e outros dispositivos, transformando as suas roupas numa interface humano-computador que se pode vestir.

A tecnologia funciona debaixo de água e em condições climatéricas adversas e pode ser aplicada em áreas como os controlos de temperatura ou de segurança para vestuário especializado, jogos ou moda interativa, permitindo, por exemplo, que os utilizadores usem gestos simples para controlar LEDs ou outros dispositivos de iluminação incorporados nos têxteis, refere a equipa.

Theo Hughes-Riley, do Advanced Textiles Research Group da Universidade de Nottingham Trent e um dos autores do artigo, sublinha que «os têxteis eletrónicos estão a tornar-se cada vez mais populares, com utilizações muito variadas, mas a fusão da funcionalidade eletrónica com os tecidos pode ser muito difícil. Os têxteis eletrónicos evoluíram e agora dependem de materiais macios e flexíveis que são suficientemente robustos para resistir à lavagem e à flexão, mas que são intuitivos e fiáveis».

O estudo envolveu a demonstração da tecnologia em várias utilizações, incluindo numa braçadeira funcional que permite o controlo da navegação num ambiente de realidade virtual e numa correia de segurança de automonitorização para um capacete de motociclista. Os académicos acreditam que foi a primeira vez que os sensores magnéticos laváveis foram integrados discretamente em têxteis para serem utilizados em interações no formato humano-computador.

«Os sensores táteis nos têxteis têm uma utilidade variável, uma vez que a ativação acidental ocorre quando roçam as superfícies. A interação sem contacto reduz o desgaste. É importante salientar que a nossa tecnologia foi concebida para utilização quotidiana. É lavável na máquina, é durável e não afeta o aspeto estético geral», resume Pasindu Lugoda.

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