Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Irmãs apostam no e-commerce e faturam R$ 6,4 milhões com loja de roupas

Quando a loja fisica da Sorella precisou fechar temporariamente, Gabriela e Isabela Fraquete fortaleceram a presença no virtual e se aproximaram das clientes.

As irmãs Gabriela Fraquete, 31 anos, e Isabela Fraquete, 28 anos, constumavam ser procuradas pelas amigas que queriam dicas de como se vestir melhor. “Na adolescência, sempre nos pediam roupas emprestadas ou para que fossemos com elas no shopping escolher quais roupas comprar”, diz Isabela. Sabendo que tinham um “bom olhar” para o que faz sucesso entre as mulheres, elas fundaram a Sorella, loja de roupas femininas com sede na cidade de São Paulo. A empresa tem apostado com mais força no e-commerce e fechou 2020 com faturamento de R$ 6,4 milhões.

Gabriela Fraquete e Isabela Fraquete: fundadoras da Sorella (Foto: Divulgação)

Gabriela Fraquete e Isabela Fraquete: fundadoras da Sorella (Foto: Divulgação)


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Apesar de sempre sentirem essa ligação com a moda, as irmãs não apostaram nisso na hora de escolher a carreira — Isabela escolheu fazer um curso para esteticistas, e Gabriela estudava arquitetura. A conversa sobre começar uma loja de roupas surgiu quando ambas estavam infelizes nas profissões escolhidas.

A Sorella foi fundada em 2013 com uma loja física, primeiramente revendendo roupas. Como as irmãs já eram referência entre as amigas, o negócio pareceu promissor desde o início. “Muitas pessoas já tinham vontade de usar as mesmas roupas que nós usamos e  quiseram comprar assim que começamos”, diz Gabriela. Em apenas um dia, a loja vendeu R$ 14 mil. Em cinco meses, conseguiram devolver o dinheiro para o pai — que havia emprestado o valor do investimento inicial do negócio.

Porém, mesmo com a empresa despertando interesse, elas se depararam com outro problema: a falta de experiência na gestão. “Não tínhamos noção de como fazer os pagamentos e controlar o nosso caixa. Tivemos de aprender na prática, mas foi muito díficil”, diz Gabriela. Ao mesmo tempo, elas buscaram cursos de empreendedorismo no Sebrae.

Mesmo começando como uma loja física, as duas sempre souberam da importância de se destacar no ambiente virtual. “Em 2013, não era comum ter muitas marcas no Instagram como hoje, mas eu queria criar uma página para a Sorella. Além de divulgar os produtos, postava muito conteúdo com dicas de moda”, diz Isabela.

O e-commerce da marca foi criado em 2018, momento em que as empreendedoras tiveram mais uma dificuldade: aprender a separar as vendas presenciais das virtuais. Elas optaram por fazer estoques separados para não correr o risco de vender uma roupa presencialmente e a mesma ser comprada na internet. Também montaram equipes específicas para gerenciar cada um dos lados do negócio. 

Com mais demanda, as empreendedoras começaram a enfrentar dificuldades com os fornecedores que não conseguiam entregar todos os produtos que elas precisavam repor. As irmãs, então, mudaram o negócio e passaram a criar as próprias peças (hoje, todas as coleções são autorais).

Antes da pandemia do novo coronavírus, a loja física era responsável por 70% do faturamento da empresa — que foi de R$ 4 milhões em 2019. Foi um balde de água fria quando teve de ser fechada temporariamente. A estratégia foi então apostar com tudo no e-commerce, cadastrando todo o estoque para as vendas digitais — que se tornou responsável por 80% da receita.

As vendedoras do espaço físico puderam continuar trabalhando por meio de “malinhas”, que iam para as casas das clientes recheadas de roupas. A empresa não demitiu nenhum dos 12 funcionários, e ainda contratou mais quatro.

As irmãs também apostaram em uma comunicação mais próxima com as consumidoras nas redes sociais. “Mostramos mais a nossa rotina e demos dicas de roupas para usar no home office ou assistindo as lives. Foi um momento que voltamos para o começo de tudo, parecia que estávamos dando dicas de looks para nossas amigas”, diz Isabela.

Essa relação mais próxima na internet fez com que mais pessoas procurassem a loja física no momento de reabertura. O plano é continuar em crescimento, com projeção de faturar R$ 9 milhões em 2021 e R$ 12 milhões em 2022 — quando haverá a abertura de mais duas lojas em São Paulo.

https://revistapegn.globo.com/Banco-de-ideias/Moda/noticia/2021/11/...

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