Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Wilson Soderi (esq.) e Carlos Zetune, da Filag: empresa suíça de cosméticos escolheu o Brasil para lançar mundialmente a Filabé, com investimento de R$ 10 milhões

Os bons resultados do setor de beleza no Brasil garantem regalias exclusivas. A Filag, empresa suíça de cosméticos, escolheu o país para lançar, mundialmente, a Filabé. Revistas femininas brasileiras foram as primeiras a apresentar o produto em amostras grátis coladas nas suas páginas. O burburinho foi geral. Trata-se de uma fibra cosmética com ativos naturais. O produto é, na verdade, um pano, ou um pedaço de tecido que, depois de umedecido, elimina as impurezas da pele, remove a maquiagem, tonifica e hidrata a face.

O modo de usar é inovador (passar o paninho no rosto), mas a tecnologia embutida também é. Em suas tramas há lipossomos com ativos naturais. O desenvolvimento é do PhD em farmacologia dermatológica, o suíço Bernard Gabard e é produzido pelo laboratório suíço Filag Schweiz AG, detentor da patente mundial e fabricante exclusivo. "Filabé é uma fibra feita a partir de fios hidrofílicos finíssimos impregnados de lipossomos com os ativos que hidratam a pele. Não tem cheiro, não tem álcool", afirma Wilson Soderi, um dos responsáveis pelo lançamento do cosmético no Brasil.

Apresentado a um protótipo do produto por um amigo suíço, o administrador de empresas Carlos Zetune, que foi sócio da agência de publicidade TDWA no Brasil, se viu diante de uma inovação única. Chamou o amigo Wilson Soderi, que por muitos anos trabalhou em grandes companhias como Revlon, e tem grande experiência em trade marketing, para avaliar as possibilidades. Os dois vislumbraram uma oportunidade inédita. "Distribuímos para algumas amigas e elas cortavam o lencinho para render mais. É uma mudança de hábito. A tecnologia é inovadora e traz uma praticidade que as mulheres buscam hoje em dia", afirma Zetune.

Fizeram um projeto, apresentaram aos investidores e tornaram-se sócios da Filag Brasil. Coube a eles montar todo o plano de negócios, fazer pesquisas, definir as estratégias de comunicação, propor a identidade visual, estabelecer os pontos de venda. O lançamento consumiu R$ 10 milhões. Em seis meses, já são 300 farmácias comercializando o produto nas principais capitais e a intenção é chegar a três mil em 2012.

Zetune e Soderi são ainda responsáveis por programar o lançamento em outros países. "A introdução em outros mercados será feita com calma. O Brasil é muito grande e a capacidade produtiva, por enquanto, atende a nossa demanda", completa Zetune. Sorte a nossa, os primeiros da fila.

Fonte:|http://www.valor.com.br/cultura/blue-chip/2578090/lencinho-tecnologico

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