Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

As lojas em Nova Iorque estão investindo em um novo formato de visual merchandise, comeando pelos manequins com personalidade.

Num apelo para cativar os consumidores cada vez mais conscientes dos gastos (devido á crise americana e a falta de empregos), as lojas estão inovando em todos os quesitos.

Pelo menos as grandes marcas e designers podem se dar ao luxo de investir milhões de dólares em manequins diferenciados e visual de loja inovador.

Sim, porque a brincadeira não custa barato, a Fusion, empresa especializada nesse segmento de criar manequins com personalidade, cobra a partir de 15.000 mil dólares para fazer um projeto e a partir de 1.200 por manequim. Imagine equipar uma rede com milhares de de lojas com manequins nesse estilo?

Mas o que são esses manequins com personalidade? São manequins feitos baseados na imagem real de uma personalidade, por exemplo:

  • A Nike solicitou manequins mais altos que o padrão, em 35 diferentes poses atléticas para dispor pela
    loja.
  • A Armani Exchange solicitou manequins em poses sensuais deitadas que possam ser dispostas na loja
    usando lingerie.
  • A Guess, solicitou manequins com acabamento preto em gloss, em poses de modelo em desfile de
    passarela.
  • A Ralph Lauren comprou manequins com o rosto e o corpo da modelo Yasmin Le Bon para sua nova loja
    feminina em Nova York.
  • A loja AllSaints (Londrina mas com lojas nos EUA), tem manequins totalmente articulados, onde os dedos dos manequins podem ser movimentados como se fossem dedos de uma mão. O manequim pode ficar sentado ou de pe, assumindo varias poses.

A idéia é trabalhar os manequins não como cabides estáticos onde o lojista pendura a roupa, mas como uma amostra de lifestyle do cliente ou da musa da marca identificando o cliente não só com o produto mas com a pose e o look apresentado, com músculos, poses, rostos famosos e corpos de deusas. (foto Kevin Moloney for The New York Times)

Jenny Ming, chefe executiva da Charlote Russe afirma que: ” o cliente entra na loja porque ele gostou de algo que está na vitrine em um manequim”.

A partir de agora os manequins em algumas lojas de Nova York passam a servir de displays onde uma mensagem delicada convida os clientes a entrarem e experimentarem, não só as roupas, mas os anéis, as bolsas, os sapatos que o manequim expõe, em uma mensagem especial. “eu sou como voce, voce pode ser como eu, basta comprar esse look e acrescentar seu toque pessoal”

O manequim passa a personificar o cliente, e a marca, como a Atheleta, marca de produtos esportivos que está substituindo os manequins normais da loja por manequins feitos sob medida baseados na atleta Danielle Halverson que faz treinos para a  próxima Olimpíada. (Kevin Moloney for The New York Times)

Os especialistas da Fusion escanearam a atleta em poses com sequência durante duas semanas trabalhando com imagens em 3D. O resultado foi o Dani-quin, manequins em 5 poses diferentes que deve estar chegando as lojas em breve.

Michael Steward, executivo e vice presidente da Rootstein USA, que faz manequins para marcas como Ralph Lauren, Neiman Marcus e Chanel, diz que “nada vende mais roupas do que um manequim” e que “a maioria das lojas resolveu se especializar em seus produtos ou segmentos*” e o manequim passará essa idéia com mais fidelidade.

* aqui fica meu comentário, detesto loja de dois andares ou pequenas lojas que querem apostar em tudo, roupas pra familia, acessórios, bolsas, etc e acaba não acertando ou investindo em nada. Fica com cara de mini mercado e eu prefiro ir á uma loja específica de calçados, de acessórios, ou de maquiagem em vez de ir em uma que tem um pouco de tudo e deixa a desejar.

Nesse ponto, algumas lojas espertas estão retrocedendo e apostando em um produto, um segmento ou um estilo
de vida enquanto que outras como a Forever 21, apostam no “de tudo um pouco” o que na minha opinião é um risco e acaba confundindo o cliente.

Achei um erro a Forever 21 vender roupa masculina, eles deviam ter uma loja a parte, com outro nome só para vender as roupas masculinas… aguardem para ver o resultado… misturar o masculino com feminino não ficou bem na vitrine da Forever 21.

Steward confirma minha visão ao dizer que “com a recessão as lojas estão se focando naquilo que elas podem fazer bem feito e no que eles realmente vendem”.

Por ultimo, Steward diz que “Todo mundo quer reinventar a roda, e que o manequim poderá esclarecer o consumidor sobre o produto que está na loja, mas nenhum manequim em si só poderá salvar uma empresa inteira caso outros aspectos não sejam levados em consideração. (foto Danielle Halverson testa novo biquine da marca Atheta)

Já Scott firma que o consumidor mais do que nunca se tornou uma grande incógnita imprevisível e que
as empresas estão tentando se comunicar com esse cliente da melhor forma possível.

OBS: Esse artigo foi traduzido e comentado por Sueli Schmitt para FashionSpill baseado no original publicado no New
York Times em Inglês, 16 de Junho de 2011 escrito por Stephanie Clifford.

Para ver um slideshow de fotos dos manequins clique aqui: NYTIMES Manequin

Fotos de manequins com poses diferenciadas e rostos delineados, com apelo de publico, negro e branco feitos na loja Strawberry em NYC, uma loja de rede popular em Nova Iorque.

fotos de manequins bronzeados, com corpo esculpido e com tatuagem voltado para um publico que curte praia e surf.

Fonte:|fashionspill.com|

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