A avaliação da especialista em pesquisa de mercado GlobalData atribui uma classificação de 1 a 5 com base na probabilidade das empresas abordarem desafios como a inteligência artificial (IA) e emergir como vencedoras a longo prazo no sector da moda e acessórios.
A LVMH é, segundo esta análise, publicada pelo Just Style, a melhor na área da moda, estando entre as empresas mais bem posicionadas para beneficiar de investimentos em inteligência artificial, obtendo uma classificação de 5 em 5 da GlobalData – repetindo o lugar ocupado no ranking de até junho deste ano. Entre outras coisas, a empresa francesa de luxo publicitou 196 novos postos de trabalho na área da inteligência artificial entre outubro de 2020 e setembro de 2021, tendo ainda mencionado o conceito de inteligência artificial em documentos oficiais por três vezes, salienta a GlobalData.
Nos lugares seguintes surgem a Nike, a Inditex e a Kering, cada uma com pontuação de 4. A Nike, por exemplo, publicitou 269 postos de trabalho relacionados com inteligência artificial e referiu por seis vezes o conceito em documentos. Já a Inditex abriu duas vagas de emprego na área, mas mencionou a inteligência artificial 35 vezes nos seus documentos, enquanto a Kering publicitou 36 postos de trabalho e fez 12 referências em documentos oficiais.
[©Pixabay/Gerd Altmann]
De acordo com a GlobalData, «números elevados indicam normalmente que uma empresa gastou mais tempo e recursos a melhorar a sua performance de inteligência artificial ou que a inteligência artificial está, pelo menos, entre as principais preocupações dos executivos. Contudo, podem nem sempre significar que está a fazer melhor do que a concorrência».
Segundo a especialista em pesquisa de mercado, um elevado número de referências a inteligência artificial nos documentos trimestrais das empresas pode revelar «quer que a empresa está a colher as recompensas de investimentos prévios, quer que precisa de investir mais para acompanhar o resto da indústria». De igual forma, o número de negócios concretizados pode ter diferentes leituras, podendo denotar o domínio da empresa nesta área ou a necessidade de fazer fusões e aquisições para preencher as lacunas da sua oferta.
«De qualquer modo, estas tendências são úteis para nos mostrar a que ponto os principais executivos no sector da moda e dos acessórios – e em organizações específicas – pensam sobre inteligência artificial e até que ponto apostam o seu futuro nisso», conclui a GlobalData.
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