OMéxico pediu explicações à multinacional espanhola Zara e às marcas de roupa norte-americanas Anthropologie e Patowl sobre a utilização de desenhos dos povos indígenas nas suas coleções, indicou na sexta-feira o Ministério da Cultura mexicano.
No caso da Zara, líder mundial da venda de roupa a retalho, propriedade do grupo espanhol Inditex, o Ministério indica o vestido Midi, com um cinto que incorpora elementos da cultura mixteca, do município de San Juan Colorado, no estado de Oaxaca.
Quanto à Anthropologie, a peça de vestuário em causa são os calções bordados Marka, que contêm detalhes da cultura e identidade do povo Mixe, da cidade de Santa María Tlahuitoltepec, no mesmo estado, acusaram as autoridades mexicanas.
Já a Patowl produziu várias T-shirts estampadas que são "uma cópia fiel" do vestuário tradicional dos zapotecas, da comunidade de San Antonino Castillo Velasco, acusou o Ministério.
Nas cartas, a ministra da Cultura insta as marcas a não prejudicar a "identidade e economia" das populações indígenas e defende um "comércio justo", que trate os criadores, empresários e designers de forma igual.
Em novembro último, a ministra já tinha interpelado a estilista francesa Isabel Marant por explorar comercialmente vários motivos tradicionais dos povos indígenas mexicanos na sua coleção.
Em 2019, o México tinha igualmente acusado Carolina Herrera, estilista venezuelana a viver nos Estados Unidos, de reproduzir bordados coloridos típicos da comunidade Tenango (centro).
As empresas espanholas Rapsodia - também do grupo Inditex - e a Mango foram acusadas no passado de se apropriarem indevidamente de desenhos mexicanos.
PTA // PTA (Lusa
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