Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Depois de uma forte redução nas expedições globais de máquinas têxteis novas em 2008 e 2009, como resultado da crise financeira e económica global de 2008/2009, as entregas de máquinas têxteis novas aumentaram em 2010 e ainda com mais força em 2011, na maioria dos casos para novos recordes. 

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Máquinas atingem novo recorde

Em comparação com 2010 as expedições globais de novas máquinas de fiação aumentaram 15% (fibras curtas), 35% (fibras longas) e 27% (open-end), os novos fusos de texturização aumentaram 42%, os novos teares não convencionais 44% e as novas máquinas de tricotar retilíneas 37%. Apenas as expedições mundiais de novos teares de malhas circulares de grande diâmetro caíram 16% em 2011.

Estes são os principais resultados do 34.th International Textile Machinery Shipment Statistics (ITMSS), lançado pela International Textile Manufacturers Federation (ITMF). O relatório abrange seis tipos de máquinas têxteis, nomeadamente: fiação, texturização, tecelagem, tricotagem circular, tricotagem retilínea e acabamentos. A pesquisa de 2011 foi compilada em cooperação com 118 fabricantes de máquinas têxteis, o que representa uma proporção abrangente da produção mundial.

Fiação
Após as expedições de novos fusos de fibras curtas terem caído em 2008 (-33%) e 2009 (-17%), estas recuperaram em 2010 (75%) para níveis pré-crise e aumentaram 15% em 2011, alcançando os 14,33 milhões, o valor mais alto de todos os tempos. Uma proporção de 94% de todos os fusos de fibras curtas foi destinada à Ásia (13,46 milhões), com a China a absorver 8,90 milhões, ou 62% das expedições globais, seguida pela Índia com um distante segundo lugar (2,49 milhões de fusos ou 17%), Bangladesh (639 mil ou 4,5%), Turquia (628 mil ou 4,4%) e Indonésia (517 mil ou 3,6%).

As expedições globais de fusos para fibras longas (lã) dispararam em 2011 na ordem dos 35%, atingindo as 113.250 unidades. A Europa foi a principal beneficiária (53.750 ou 47%), seguida pela Ásia (49.000 ou 43%), América (8750 ou 7,7%) e África (2.000 ou 1,8%). O maior investidor individual em fusos de fibras longas (lã) foi a Turquia (32.500), seguida pela China (23.400), Irão (14,3 mil), Emirados Árabes Unidos (9.000) e Itália (8.800).

O investimento em rotores open-end saltou na ordem dos 27% em 2011, para os 572.250, um novo recorde. A Ásia foi, uma vez mais, o maior investidor nesta tecnologia de fiação, instalando um total de 463.250 novos rotores, ou seja, 81% do total mundial. A China foi, de longe, o maior investidor individual em rotores, com 388.250 unidades, ou seja, 68% dos embarques globais. A Índia ocupou novamente um distante segundo lugar com um total de 37.750 novos rotores open-end (6,6%), seguida pela Turquia com 35.250 rotores (6,2%), Uzbequistão com 10.250 rotores (1,8%), Brasil com 30.250 rotores (5,3%) e EUA com 12.250 rotores (2,1%).

Máquinas de texturização
As expedições de fusos de texturização com um único forno (para filamentos de poliamida) caíram das 13.200 em 2010 para as 1.824 unidades em 2011 (-86%). Apenas três países – Taiwan, China (1536) e Vietname (288) – instalaram novos fusos de texturização deste tipo.

No segmento de fusos de texturização de duplo forno (para filamentos de poliéster), os investimentos saltaram dos 568.250 fusos em 2010 para os 826.500 em 2011, um aumento de 45%, representando um novo pico para estes equipamentos. O maior investidor neste tipo de máquinas foi, de longe, a China, onde foram instalados 624.500 novos fusos, isto é, 76% das expedições globais, seguida pela Índia, num distante segundo lugar, com 90.000 ou 11%, Turquia com 20.000 ou 2,4%, Japão com 19.750 ou 2,4% e Taiwan com 7.500 ou 0,9%.

Tecelagem
As expedições mundiais de teares não convencionais continuaram a subir em 2011 para as 153.750 máquinas, um aumento de 44% em relação às 107.000 unidades do ano passado. A principal razão na base deste desenvolvimento foi o aumento nas expedições de teares de jato de água.

Depois de um salto vertiginoso de 537%, para os 73.250 em 2010, que foi parcialmente devido ao facto de que mais fabricantes de máquinas de tecelagem relatarem pela primeira vez em 2010, as entregas mundiais de teares de jato de água continuaram a subir na ordem dos 54%, atingindo as 113.000 unidades em 2011.

No segmento de teares de pinças, as expedições aumentaram das 16.000 em 2010 para as 19.250 unidades em 2011, um crescimento de 20%. Também as expedições de teares a jacto de ar subiram das 17.750 unidades em 2010 para as 21.500 em 2011 (21%).

Tal como em anos anteriores, o principal destino dos teares não convencionais foi a Ásia, onde foram instalados 148.500 ou 96%. Em termos de países, o maior investidor mundial foi novamente a China com 128.100 teares (83%), dos quais 106.000 foram teares de jato de água, 13.900 teares de jato de ar e 8.250 teares de pinças/projétil. Com 9.100 teares (6% das expedições mundiais), a Índia foi o segundo maior investidor, seguida pela Indonésia com 2.900 (1,9%) e Coreia do Sul com 2.500 teares (1,6%).

Malhas circulares
As expedições globais de teares de malhas circulares de grande diâmetro diminuíram 16%, passando dos 34.500 em 2010 para 28.900 em 2011. No entanto, este ainda foi o terceiro maior volume de teares circulares de grande diâmetro expedidos até à data.

Também neste segmento a Ásia foi o principal investidor regional, absorvendo 26.400 unidades ou 91% de todas as máquinas comercializadas em 2011. O maior investidor individual foi novamente a China, com um total de 21.200 unidades (uma quota de mercado global de 73%), seguida pela Índia com 1.500 máquinas (ou 5,2%), Bangladesh com 1.050 máquinas (ou 3,6%) e Turquia com 900 máquinas (ou 3,1%).

Teares retilíneos de malhas
No segmento de máquinas de tricotar eletrónicas retilíneas, as expedições globais em 2011 deram um salto de 37%, para as 70.000 unidades. A maior parte destas foram entregues à Ásia (65.250 ou 93%), enquanto a quota da Europa (incluindo a Turquia) atingiu os 5,8% (4.100 máquinas).

O maior investidor individual em 2011 foi novamente a China, onde 54.800 novas máquinas (78%) foram instaladas, seguida pelo Bangladesh com 4.475 máquinas (6,4%), Hong Kong com 2.930 máquinas (4,2%), Turquia com 2.150 máquinas (3,1%) e Itália com 1.120 máquinas (1,6%).

Fonte:|http://www.portugaltextil.com/tabid/63/xmmid/407/xmid/41769/xmview/...

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