Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Metaverso Fashion Talks traz um novo mundo a ser descoberto e explorado no universo da moda

A tecnologia já está aí, é um caminho sem volta e, vem interferindo em nosso consumo, em qualquer segmento. E, de olho nesse universo riquíssimo que ainda pode ser muito bem explorado, que aconteceu na semana passada, o Metaverso Fashion Talks sob o comando de Giovanna Graziosi Casimiro, produtora de eventos e comunidade Decentraland e Head do MVFW que abriu os painéis juntamente com Luiz Gustavo Pacete, jornalista de tecnologia e inovação na Forbes Brasil.

Muitos assuntos relevantes que mesclam o metaverso e a moda foram abordados no encontro que reuniu um time expert em tecnologia. O Painel 1 “Into Metaverse trouxe Theo Rocha, diretor regional Latam da Meta Creative Shop, Renato Duo, diretor de estratégia na Fbiz e Isaac Silva, estilista da marca de mesmo nome, com mediação de Cristina Naumovs, consultora de criatividade e inovação na Apego.

O Painel 2 apresentou o tema “Semana de moda no Metaverso” com Giovanna Casimiro, Paulo Borges, idealizador do SPFW e mediação de Camila Yahn. O Painel 3 “Creator Economy e Influenciadores Digitais” contou com a presença de Cairê Moreira, Leonardo Sorreano, Pedro Alvim, com mediação da jornalista Maria Prata. O Painel 4 abordou “Mulheres na Tecnologia” com Cynthya Rodrigues, Livia Elektra, Ana Laura Magalhães, Simone Sancho e mediação e Rita Wu.

 Olivia Merquior levou sua experiência com o BRIFW – BR Immersive Fashion Week, que teve sua primeira edição em 2020 e, agora, prestes a acontecer sua terceira edição, cada vez mais marcas estão interessadas em apresentar seus trabalhos.

“Pensamos em como as pessoas podem criar seus espaços e o objetivo do BRIFW é desmistificar os bloqueios da tecnologia nesses ambientes”, comenta Olivia.

Segundo pesquisas, imagina-se que até 2025, 93% das marcas vão estar no metaverso, ambiente que ainda é muito inovador e tem um longo caminho pela frente, mas será um aliado para a construção do varejo de moda.

Segundo Giovanna, o consumo vai acontecer na web 3.0, em uma experiência mais pessoal, porém ela acredita ainda num modelo híbrido e no potencial das marcas que já vem trabalhando no ambiente virtual. “Temos um tempo ainda para nos ajustarmos, mas quando se coloca o consumidor na criação, ele se sente parte daquela marca e cria uma lealdade com ela”, comenta Giovanna. E, continua: “Temos que trazer o metaverso para fora do metaverso. É uma maneira de fortalecer a marca”.

Giovanna destaca que é um local onde as pessoas podem ser o que quiserem e, que por isso há uma grande inclusão com a diversidade de corpos, belezas, gêneros, ele ajuda a desconstruir tudo isso, onde não há julgamentos.

Para a produtora de eventos, esse universo tem um potencial imenso no Brasil porque aqui, as pessoas conseguem olhar as coisas por diferentes e inusitados ângulos. “Somos a Ásia do futuro, temos uma visão única”, diz Giovanna.

Theo Rocha acredita que o ambiente metaverso é uma oportunidade de ampliar as possibilidades, de conexões com as pessoas, uma sensação de presença, sem estar um do lado do outro fisicamente, transformando a criatividade em realidade, além de ser inclusivo. Para ele, o Brasil tem um potencial enorme dentro das plataformas imersivas por sua pluralidade e a forma como a população enxerga o mundo, mesmo sem tantos recursos.

Para Renato Duo, o ser humano por natureza está sempre em busca de outras realidades.

 Isaac Silva diz que é um lugar onde as marcas precisam estar presentes pois já é um futuro próximo. Porém, para o estilista, a tecnologia ainda é inacessível para muitas pessoas, de baixa renda. E afirma que as plataformas imersivas mesclam o real e o virtual porque para a realização de um desfile no metaverso, por exemplo, o designer precisa pensar e desenhar a coleção.

Há diversos pontos positivos no mundo virtual, contudo, para Giovanna, as pessoas não podem se esconder dentro dele, mas sim, ser um espaço de discussão para resolver diferentes problemas.

Mundo real x mundo virtual

E, para onde vai a moda dentro do metaverso?

“Não acho que a roupa física vai desaparecer, precisamos dessa experiência também. Mas penso que é interessante se vestir de maneira virtual para as redes sociais, por exemplo, pensando no lixo acumulado pelas roupas excluídas”, comenta Giovanna. E, continua: “Vamos ter uma composição híbrida, de olho na sustentabilidade, pensando melhor sobre o consumo. Ainda estamos no começo para inserir esse consumidor no metaverso, é mais divulgação do que lucrar com isso”.

Para Paulo Borges, quem trabalhar com moda gosta de se arriscar, buscar outras frentes e formas de olhar. Além disso, a tecnologia propiciou a inclusão de marcas pequenas que antes não tinham espaço nas semanas de moda.

“Para mim tudo é orgânico, nada é estático. O que ficou até 2020, hoje não funciona mais, seja no físico ou no digital. O ambiente do metaverso vai ser mais horizontal, colaborativo, qualquer pessoa pode fazer seu desfile”, comenta Paulo.

Giovanna conta que dentro desses ecossistemas já existem os influencers e os designers que se inspiram, principalmente no mundo dos games, com muitas cores vivas e seus avatares para criar suas coleções. É um ambiente que não tem barreiras geográficas e de criatividade.

“O que nos conecta chama alma e essa força, nossa essência, não tem a ver com o corpo, tempo, lugar, tem a ver com a chama da vida, dos seres vivos. Meu sonho é o tempo todo mergulhar em algum lugar que eu ainda não pisei”, afirma Paulo.

E é com essa frase inspiradora de Paulo Borges que devemos olhar para o novo, para o mundo tecnológico do metaverso, que nos traz inúmeras possibilidades dentro do mercado de moda.

Fonte: Vanessa de Castro | Foto: Divulgação.

https://guiajeanswear.com.br/noticias/metaverso-fashion-talks-traz-...

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