A temporada de inverno 2012 do Fashion Rio foi aberta ontem, no Rio de Janeiro. E pode ser a última. A Luminosidade, empresa responsável pelo evento, e representantes da cadeia da moda brasileira vêm analisando a possibilidade de, a partir de 2013, os lançamentos de inverno concentrarem-se em São Paulo, durante o SPFW.
O CEO da Luminosidade, Paulo Borges, diz que a mudança está sendo considerada: "Somos um país tropical e sempre me perguntei se haveria mesmo necessidade de termos dois eventos para apresentar coleções de inverno, que representam apenas 20% dos lançamentos de moda". O Rio passaria, então, a realizar os desfiles de verão e de alto verão em maio e agosto. A antecipação do calendário de junho para maio tem o objetivo de não coincidir com eventos como a Rio + 20, a Copa das Confederações e a Copa do Mundo.
Na época dos lançamentos de inverno, em janeiro, o SPFW faria os desfiles. A semana paulista também continuaria com os desfiles de verão. "No fundo, essa nomenclatura que define as estações vai deixar de existir para as coleções de moda. O consumidor não compra porque mudou a estação, compra porque há novidades."
Representantes dos governos municipal e estadual do Rio, da própria Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan) e da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit) participaram ontem da abertura do Fashion Rio. Segundo a Firjan, em 2010, as atividades da indústria, serviços e comércio pertencentes à cadeia criativa do Rio de Janeiro empregavam 974 mil trabalhadores, quase um quarto dos trabalhadores formais do Estado. Os principais empregadores são os setores de arquitetura, moda e design, que, juntos, empregam mais de 800 mil pessoas no Rio de Janeiro.
Graça Cabral, diretora da Luminosidade, observa que o desenvolvimento da indústria criativa está no cerne da decisão de algumas grifes, como a Reserva e a Ronaldo Fraga, de não apresentarem desfiles nesta estação. Pelo que tem sido declarado pelas marcas, essa decisão tem a ver com a necessidade de estruturar melhor o negócio e buscar outras formas de comunicação. "Trata-se de uma decisão natural e que faz parte da realidade brasileira onde faltam financiamentos. Seria muito pior realizar um desfile sem condições", diz Graça.
Aguinaldo Diniz Filho, presidente da Abit, comentou a decisão da Vulcabras de demitir mais de 8 mil pessoas no país. "É lamentável, embora compreensível. O que estamos fazendo é trabalhar, junto ao governo Dilma [Rousseff], para criar boas condições internas que não obriguem as empresas a transferir a produção para o exterior.
O Fashion Rio segue até sábado. e vai mostrar coleções de 24 grifes.
Fonte:|http://www.valor.com.br/empresas/1183370/moda-de-inverno-pode-migra...
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