Moda triplica na China em 2020

[Textile Industry]

Com um consumo per capita ainda muito baixo em comparação com a Europa e os EUA, o mercado de moda chinês deverá triplicar nos próximos 10 anos. Uma previsão que está a levar marcas ocidentais, como a Gap e a American Eagle Outfitters, a apostar numa forte implementação nas cidades do Império do Meio.

 O mercado de moda da China deverá triplicar em tamanho para mais de 1,3 biliões de yuans (142,2 mil milhões de euros) nos próximos 10 anos, impulsionado pelo aumento de uma classe média de consumidores com poder de compra, segundo um recente relatório do Boston Consulting Group (BCG).

O mercado de moda da China, actualmente dominado por marcas de sportswear e marcas de vestuário casual locais, estava avaliado em cerca de 400 mil milhões de yuans em 2010. O consumo per capita entre os consumidores urbanos foi de apenas 1.150 yuans por ano, praticamente um quinto do consumo per capita nos EUA e no Reino Unido, segundo a BCG.

«O consumo per capita na China está ainda no início da curva de penetração em comparação com o registado em mercados maduros, dando à China o potencial de se tornar um mercado de moda ainda mais significativo», indica o relatório.

A reduzida taxa de penetração significa que a China irá representar 30% do crescimento do mercado de moda nos próximos cinco anos.

O mercado chinês é actualmente dominado por marcas de desporto como a Nike, Adidas e Li Ning, que entraram cedo no mercado e têm agora milhares de lojas em todo o país. Contudo, isso pode mudar tendo em conta que os consumidores começam a subir de gama e tornam-se mais sofisticados, preferindo uma variedade de marcas que se adaptem a diferentes ocasiões, acredita a BCG.

A BCG também estima que as empresas irão precisar de ter presença em 568 cidades na China para chegar a cerca de 80% do mercado de moda de preços médios a altos em 2020, em comparação com as actuais 462 lojas.

O aumento dos rendimentos na China levou a uma inundação de empresas de moda como a Gap e a American Eagle Outfitters, que tentam captar uma quota do mercado.

Mas uma rede de distribuição ao retalho fragmentada e a incapacidade das empresas internacionais de localizar os seus produtos levaram à saída de empresas como a Best Buy e a Home Depot.

Fonte:|http://www.portugaltextil.com/tabid/63/xmmid/407/xmid/39816/xmview/...

[Gustavo Pereira dos Santos]

Tomara que o mercado interno cresça muito para eles pararem de exportar tanto.

Temos todos que rezar para que isto aconteça antes de 2020!