Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Na contramão: fast fashion irlandesa aposta em lojas gigantes e fica longe do online

Com uma média de preço de R$ 25 por item, é possível encontrar nas lojas da Primark desde roupas para bebês e adultos até artigos para a casa.

Consumidora observa roupas na loja Primark, especializada em fast fashion, roupas mais baratas e descartáveis (Foto: Divulgação)

Na onda do e-commerce e redes sociais, apostar em expansão de lojas físicas pode parecer o caminho errado, mas não para esta gigante irlandesa de fast fashion. A Primark, que representa 7,1% do mercado de varejo no Reino Unido, tem expandido suas operações para outros países na Europa e é a varejista que mais cresce nos Estados Unidos. O segredo do sucesso? Lojas enormes e roupas muito baratas em comparação aos concorrentes. E isso só é possível ficando longe do online.

Os valores baixos destacam a Primark em relação aos seus rivais, como Zara, Topshop e H&M. A uma média de preço de R$ 25 por item, é possível encontrar nas lojas desde roupas para bebês e adultos até artigos para a casa. 

Não é à toa que os clientes formam filas quando uma nova loja está para ser aberta - fenômeno que ficou conhecido na Europa como "Primania". 

Segundo a empresa, os preços baixos não seriam possíveis com um comércio online, já que teriam que absorver os custos do frete ou passar esse valor para o consumidor.

Além disso, a Primark não só aposta em fábricas em locais como Bangladesh e Paquistão, onde a mão de obra é mais barata, mas também investe pouco em publicidade e compra grande volume de materiais. “Compramos grandes volumes de tecidos, e assim conseguimos preços mais baixos com os fornecedores", explica John Bason, diretor financeiro do grupo Associated British Foods, que integra a marca, ao jornal espanhol Expansión. "Compramos também diretamente dos fornecedores, evitando intermediários e assim reduzimos os custos”. O abastecimento da matéria-prima ainda é feito próximo as fábricas para economizar mais ainda com transportes.

A Primark ganha pelo volume. Grandes cestas estão espalhadas pelas suas lojas e é comum ver consumidores com sacolas cheias de roupas. O resultado pode ser visto nos números: enquanto a H&M vende em torno de R$ 20,2 mil em roupas por metro quadrado no Reino Unido, a Primark vende R$ 31,6 mil, segundo dados de 2015 da Federação Nacional de Varejo dos EUA.

A marca testou o e-commerce em 2013, quando vendeu alguns produtos no site da ASOS, marca de roupas norte-americana. No entanto, o que parecia ser uma parceria longa acabou em apenas três meses. Segundo Bason, não há planos para voltar ao comércio virtual.

Lojas gigantes

A estratégia da Primark não é só ficar longe do online, mas é criar espaços enormes, como o seu próprio shopping center, misturando varejo e entretenimento.

A empresa lançará este mês sua maior loja em Birmingham, na Inglaterra, com cerca de 15 mil metros quadrados. O local contará com um Disney Café, salão de beleza e restaurantes.

A expansão de suas lojas e a construção de mais unidades ajudou a empresa projetar um crescimento geral de 4% neste primeiro semestre.

A Primark tem 360 lojas, espalhadas em 11 países, principalmente na Europa. A marca planeja construir mais 14, pela França, Alemanha, Espanha e Reino Unido.

Na América, a marca só está nos EUA. Desde 2015, conta com nove lojas pela costa leste do país e tem planos de expansão. De acordo com dados da revista da Federação Nacional de Varejo dos EUA, ano a ano as vendas americanas da Primark crescem 103%.  

https://epocanegocios.globo.com/Empresa/noticia/2019/04/na-contrama...

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  Além disso, a Primark não só aposta em fábricas em locais como Bangladesh e Paquistão, onde a mão de obra é mais barata, mas também investe pouco em publicidade e compra grande volume de materiais.

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