Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Peças de roupa terão tamanhos que consideram tipos físicos dos consumidores nacionais

Rio - A partir de agora, o uso da fita métrica torna-se fundamental na hora de comprar uma peça de roupa. Está em fase de conclusão a nova padronização do vestuário masculino baseada nos tipos físicos dos brasileiros: ‘normal’, ‘atlético’ e ‘especial’ (obesos). Aos poucos, as escalas por tamanho (P, M e G) ou numérica (40, 42, 44...) vão desaparecer das etiquetas nacionais. Em seu lugar, serão descritas as principais medidas, como estatura, cintura e tórax, além dos comprimentos dos braços e das pernas.

Desenvolvida pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), a nova classificação deverá chegar às lojas em 90 dias. Está marcada para amanhã a última reunião do Comitê Brasileiro de Têxteis e Vestuários da ABNT, que reúne as principais entidades da indústria têxtil.

Caso o grupo técnico aprove as alterações, a nova classificação passará ainda por consulta pública durante 60 dias. Depois, o grupo terá mais 30 dias para avaliar as sugestões e críticas feitas pelos consumidores. Só então, a ABNT emitirá a NBR (Norma Brasileira) com a nova padronização do vestuário para homens.

“É importante frisar que a norma não será obrigatória e, sim, voluntária. Mas, certamente, os grandes magazines vão trabalhar com a nova padronização, que atende melhor ao consumidor, porque apresenta gama maior de tamanhos de roupa”, explica a superintendente do Comitê, Maria Adelina Pereira.

Ela informa ainda que o novo sistema vai colocar à disposição do público masculino em torno de 20 diferentes medidas, principalmente para os ‘especiais’: “Eles têm enorme dificuldade para encontrar roupas adequadas”. Maria Adelina assegura que a fita métrica será um importante instrumento na hora da comprar uma peça.

Consumidor aprova padrão

Empregado em empresa prestadora de serviços, Marcos Octavio dos Santos Vieira, 42 anos, aprova as mudanças. Segundo ele, para calças, a indústria brasileira deveria seguir o padrão americano, com medida por cintura e perna.

“A roupa masculina é bem diversificada. Mas essa mudança traz benefícios ao consumidor, que terá uma roupa mais ajustada ao corpo. Camisa sobrando manga é uma desgraça”, diz.

De lupa

FITA MÉTRICA — Muito usado por costureiras, o instrumento para tirar medidas será útil na hora de comprar uma roupa. Afinal, o consumidor terá que saber o tamanho da cintura quando quiser, por exemplo, uma calça ou bermuda.

TAMANHO ÚNICO — As roupas com apenas um tamanho cairão em desuso, assim como a escala numérica, que, na realidade, não corresponde ao tipo físico do padrão brasileiro e, sim, às determinações de cada confecção.

Nova padronização reduz gastos na indústria e queixas dos clientes

- Presidente da Associação Brasileira do Vestuário (Abravest), Roberto Chadad informa que, em média, 20% das peças de roupas masculinas são devolvidas após a compra.

- Sexto maior produtor de vestuário do mundo, o Brasil fabrica 5,5 bilhões de peças por ano.

- De acordo com a Abravest, com a nova padronização de tamanhos, a indústria economizará de 5% a 8% a mais em tecido ao produzir uma peça de roupa.

- Com uma modelagem mais específica, o comércio de roupas pela Internet deverá crescer no País, porque não haverá a desconfiança do consumidor em adquirir um produto com o tamanho errado.

- Desde 2010, roupas de bebê, infantis e escolares adotam uma padronização mais adequada ao biotipo das crianças brasileiras.

- Após a classificação das roupas masculinas, será dado início ao estudo para modelagem feminina, com conclusão até 2012.

- Já está certo que haverá separação das peças de lingerie: calcinhas e sutiãs serão produzidos em tamanhos diferentes.

Fonte:|http://odia.terra.com.br/portal/economia/html/2011/7/novas_medidas_...

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