Embora a IA generativa tenha gerado altas expectativas, nem todas as implementações esperadas foram realizadas. No entanto, algumas empresas começam a colher frutos significativos. A Tapestry, por exemplo, reduziu em 40% a necessidade de codificação e em 15% o retrabalho de seus engenheiros, segundo Trang To, VP de Omnichannel da empresa. Além disso, ferramentas internas, como o “Tell Rexy” (um sistema que agrega feedback dos associados nas lojas físicas), têm fornecido insights valiosos para aprimorar a experiência do cliente, com milhares de sugestões coletadas.
No caso da H&M, os resultados ainda estão em fase inicial, mas a marca aposta no potencial da IA para transformar a personalização e a análise de dados em suas lojas. Segundo Ellen Svanström, diretora de informação digital da empresa, tecnologias complementares, como RFID e visão computacional, podem amplificar os benefícios da IA, permitindo análises detalhadas sobre a navegação dos consumidores nas lojas e a popularidade dos produtos.
A personalização continua sendo um dos maiores desafios e promessas do setor. Para empresas como a Tapestry, a meta é evoluir de sistemas robustos de segmentação para uma hiperpersonalização, que trate os consumidores como indivíduos únicos. Contudo, o maior obstáculo é a criação em larga escala de conteúdo criativo para atender a essa demanda. Uma solução em teste é a geração de imagens por IA, que promete revolucionar a comunicação e o marketing das marcas.
Além disso, tecnologias como RFID e visão computacional estão mostrando que o impacto da IA vai muito além do esperado. Sensores e câmeras comuns podem ser usados para rastrear o comportamento dos consumidores, otimizar o design das lojas, treinar equipes e até melhorar a produtividade. “Essas ferramentas têm o poder de transformar o varejo de forma abrangente”, afirmou Trang To.
O futuro do varejo está na integração de tecnologias emergentes com sistemas tradicionais, criando uma sinergia que oferece experiências mais personalizadas e eficientes. Empresas que investirem na união entre IA e soluções complementares estarão melhor posicionadas para atender às demandas de um consumidor cada vez mais conectado e exigente.
Fonte: Ana Gimonski | Foto: Divulgação
