Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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O estilista brasileiro fazendo roupas com tecidos vintage em Paris

O carioca Marcello De Santis relança sua marca com novas propostas e produção 100% artesanal.

Fashionistas mais assíduos devem lembrar do nome de Marcello de Santis. O carioca lançou sua marca homônima em 2002, logo que saiu da faculdade, desfilou por duas estações no Fashion Rio em um projeto para novos criadores, e trabalhou ao lado de Danielle Jensen, na Maria Bonita (grife e estilista que deixaram saudade na moda nacional). Agora, vivendo em Paris (ele ganhou uma bolsa do Instituto Marangoni na cidade), o estilista está de volta e com uma nova versão e novas propostas para sua label.

“A diferença está totalmente ligada às minhas vivências”, diz Marcello, em entrevista a ELLE. “Naquela primeira fase, com meus 20 anos, minha preocupação maior era fazer desfiles com impacto visual e criativo. Hoje, aos 35, tendo vivido em Milão e Paris e com mais experiência profissional meu foco mudou. Ainda quero criar as peças fortes e criativas, mas também estabelecer alguns clássicos da marca que fidelizam uma clientela.”

Marcello De Santis

 (Marko Ganzaro/Divulgação)

Só faltou dizer que pretende fazer isso por meio de um processo de criação e produção bastante sustentável. Parte do que Marcello vendo em seu recém-lançado site é feito com tecidos antigos reaproveitados. “Sempre tive uma grande paixão pelos tecidos. Mas como não tenho o capital necessário para comprar os tecidos e rendas que gostaria, comecei a frequentar vários mercados de pulgas em Paris e outros espalhados pela França“, explica ele.

Suas roupas são baseadas nas formas da alfaiataria masculina, com desenho descomplicado, quase minimalistas, mas ainda com leveza e sensualidade típicas de quem cresceu e trabalhou por anos no Rio de Janeiro. Tudo feito à mão e com tiragem bem limitada. “A bolsa-ícone da marca, a Picnic Bag”, inteiramente bordada tem apenas 35 exemplares. Os tênis, são 15. Tudo em termos de números ainda é pequeno para não comprometer a qualidade. Não tenho vontade de ser grande rápido. Na verdade, nem sei se quero ser grande um dia”, confessa. 

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  Tudo feito à mão e com tiragem bem limitada. “A bolsa-ícone da marca, a Picnic Bag”, inteiramente bordada tem apenas 35 exemplares. Os tênis, são 15.

como designer brasileiro (sem oportunidades $$$) sempre fiz isso tbm, tanto para meu bel prazer, quanto para as Barbies de muitos lares...vale a dica!!! Algum parceiro de plantão?! :)

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