Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Empreendedorismo, empresas dos sonhos e o que o mercado quer

Os estudantes de moda brasileiros estão cada vez mais plurais. Pode parecer estranho ler esta afirmação após analisar dados que mostram um segmento, em parte, estereotipado: feminino, idade entre 21 e 24 anos, proveniente de instituição privada se mostra muito interessado em pesquisa e sem nenhum interesse em administração.

 
 
Porém, devemos lembrar que se trata de uma parcela essencialmente jovem da população, vinda de uma geração que é capaz de desenvolver diversas tarefas simultaneamente. Desta forma, mesmo parecendo tão fechado e homogêneo, esse cenário apresenta diversas peculiaridades, com diversos personagens. Seja mulher acima de 40 anos iniciando graduação, homem que cria para empresa familiar, estudantes de fora do eixo principal da moda no país ou não, que brigam igualmente por vagas de estágio, contrato e até mesmo trainee.
 
Estudantes empreendedores
 
Gianni Versace fundou uma das mais glamurosas marcas do século 20 sob o seu nome, após ter trabalhado para Callaghan e Complice. Alexander McQueen saiu da Givenchy para fundar sua própria grife. Não por acaso, 4 em cada 5 jovens brasileiros acadêmicos de moda aspiram criar seu próprio negócio. Dizem ter perfil empreendedor, e ao mesmo tempo indicam administração como a atividade que menos interessa.
 
Fernando Elias José, psicólogo e consultor comportamental em empresas, explica que um dos motivos é justamente a pluralidade que é inerente aos jovens atuais: “A geração Y está ligada no prazer imediato, ou seja, respostas rápidas e muitas vezes sem medir prós e contras em uma determinada situação. Por essa razão, muitas vezes ocorre o ‘pensamento mágico’ de que as coisas irão acontecer sem precisar organizar a administração”.
 
Mais do que criativo e inovador, um empreendedor precisa ter os pés no chão, sabendo lidar com o negócio de forma global e primando pela pró-atividade. É fundamental optar por outras soluções. "O jovem está aberto a beber de variadas fontes, conectar-se a pessoas que entendam daqueles pontos que são suas dificuldades, caso da administração. Talvez não busque a informação através de uma especialização completa, mas sim busque outras formas de sanar dúvidas pontuais, usando principalmente as pessoas”, opina Gabriel Milanez, sociólogo da Box 1824, agência que desenvolveu a pesquisa "Sonho Brasileiro".
 

 

O que o mercado quer?
 
A exigência em vagas profissionais, não apenas na area da moda, é cada vez maior. Isso faz com que o estudante precise absorver o máximo de conhecimento possível na sua respectiva academia. É preciso estar atento às oportunidades, principalmente de estágio, que tem números bastante reduzidos em relação à vagas plenas. É preciso planejar a carreira. 
 
Enquanto o estudante mira seu foco em áreas de pesquisa, o mercado necessita, de forma imediata, de funções práticas. Existem grandes oportunidades no mercado, que ainda não foram percebidas por profissionais, principalmente recém-formados. “O varejo traz um número enorme de vagas de emprego e pode ser a porta de entrada para o estudante. Muitos que entraram como vendedores foram para dentro da fábrica atuar em marketing, criação, gerenciamento de showroom e projetos de visual merchandising para redes” conta Angela Valiera, designer de inovação e novos negócios do portal Carreira Fashion.
 
Empresas dos sonhos
 
  
Farm | Farm| Osklen 
 
   
UseFashion
 
Uma das perguntas propostas na pesquisa era: "Se pudesse escolher qualquer empresa de moda para trabalhar, qual seria?". Os resultados encontrados mostram que o público de moda busca liberdade criativa e boa vitrine. Entre as empresas mais citadas estão Osklen, Farm e UseFashion. Confira como cada uma lida com seus profissionais:
 
- Ana Lucia Poças, gerente de RH da Osklen: “Procuramos pessoas antenadas, descoladas, com conhecimento de moda e acima de tudo que demonstrem potencial para entendimento e tradução de nosso lifestyle”.
 
- Marília Paiva, coordenadora de RH da Farm Rio: “Realizamos muitos aproveitamentos internos e desenvolvemos pessoas para crescimento tanto na área comercial como em outras áreas da empresa”.
 

- Wilson Silveira, diretor da UseFashion: "Temos trabalhado para criar o que acreditamos que os bons profissionais mais desejam: autonomia e gestão participativa. Buscamos escutar a todos e, principalmente, valorizar ideias e pessoas que demonstram estarem engajadas com esta cultura”

Fonte:|http://www.usefashion.com/categorias/noticias.aspx?IdNoticia=99356

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