Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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GENEBRA - Acionado pelo setor privado, o governo deverá abrir investigações de salvaguardas contra confecções e vinho importados, nas próximas semanas, podendo elevar tensões com os parceiros comerciais. A indústria têxtil vai apresentar em março sua petição para proteger o setor contra o surto repentino de importações de confecções, o que pode atingir sobretudo a China, país de origem da maior parte das importações do produto.

"A situação é dramática", disse o diretor-superintendente da Associação Brasileira de Têxteis e Confecções (Abit), Fernando Pimentel, notando que as importações do segmento aumentaram 40% em volume e 67% em valor em 2011. Somando confecções e têxteis, as importações alcançaram mais de US$ 6 bilhões, numa alta de 24%.

No caso de vinho, os produtores brasileiros já esperavam a abertura da investigação para os próximos dias, depois da promessa feita pela presidente Dilma Rousseff de proteger o setor "inclusive com salvaguarda". Mas as informações são de que isso ocorrerá em março.

O caso se justificaria, porque as classes C e D passaram a consumir grande quantidade de vinho importado custando entre R$ 6 e R$ 20, "detonando" a indústria nacional nesse segmento. Se o processo de salvaguarda avançar, os principais fornecedores atingidos serão o Chile e a União Europeia.

Nos dois casos, de confecções e vinhos, os produtores do Mercosul e de Israel serão excluídos de eventual restrição à importação. Os israelenses conseguiram adicionar uma cláusula no acordo de livre comércio com os países do Cone Sul, para ficar de fora de aplicação de salvaguarda.

As investigações para decidir pela salvaguarda, em forma de cota de importação ou tarifa maior, demoram pelo menos seis meses. Além de demonstrar o surto repentino e significativo das importações, os produtores precisarão comprovar que a indústria nacional está sofrendo prejuízo por causa da entrada do produto estrangeiro. Ou seja, o produtor precisará mostrar que o dano ou risco de dano que sofre é causado pela importações e não por outros fatores, como perda de competitividade ou problemas estruturais.

O setor que for protegido por salvaguarda precisará apresentar ao governo um plano de reestruturação que lhe assegure melhores condições quando o mecanismo expirar. Além disso, se a salvaguarda durar mais de três anos, os países exportadores que se sentirem afetados poderão pedir compensações ao Brasil.

Depois de ter protegido o setor de calçados por dez anos, o Brasil atualmente mantém salvaguarda contra a importação de coco ralado, para frear a entrada do produto de países como a Tailândia.

As indicações de que o Brasil voltará a usar salvaguarda vêm sendo monitoradas na cena comercial em Genebra, onde o país é cada vez mais visto como protecionista. Procurado para falar sobre uma possível reação dos países na Organização Mundial do Comércio (OMC), o embaixador Roberto Azevedo não comentou eventual abertura de investigação para confecções e vinhos. Mas afirmou que "salvaguarda é instrumento legítimo da OMC e que o importante é que a investigação seja bem-sucedida e que sejam atendidos os requisitos previstos nos acordos comerciais".

Por sua vez, o diretor-geral da OMC, Pascal Lamy, indicou que, contrariamente ao que ocorreu na crise econômica de 2008, houve agora uma diminuição "importante" do número de novas investigações antidumping globalmente, declinando de 213, em 2008, para 153 em 2011.

(Assis Moreira | Valor)

Fonte:|http://www.valor.com.br/brasil/2547660/pais-quer-protecao-para-conf...

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  • Guilherme Lombardi finalmente acordaram?! Passou da hora já né?!
  • Moisés Kellyano O setor têxtil corre sério risco de estagnação, temos juntar forças para combater a concorrência desleal dos produtos orientais...
  • Guilherme Lombardi Moisés a discussão deve ser muito mais ampla, pois temos a maior carga tributária do mundo, temos de repensar toda a engrenagem do setor pois falta costureiras, modelistas e etc. Quanto a concorrência chinesa não vejo muita perspectiva de combater, já que exportamos commodities para eles e podemos sofrer sérios boicotes afetando e muito a nossa economia
  • Moisés Kellyano De fato. Contudo, existem maneiras de dificultar a entrada desses produtos no Brasil, visto que foram desenvolvidas algumas ações em outros seguimentos de nossa economia. Outra forma de resolver a questão é justamente o estudo a cerca da redução expressiva na carga tributária das confecções nacionais, dessa forma, conseguiríamos amenizar a situação...
  • Guilherme Lombardi
    Moisés pensar em criar bloqueios para o produto chinês infelizmente é uma grande bobagem, falo isso pois uma grande marca de varejo trás produtos made in china para vender por aqui com o bloqueio dos portos, ela tem quebrado a nota no Paraguai e transpotado de lá para cá uma vez que o acordo no Mercosul teoricamente é de livre comércio. O que tem de ser feito por aqui e ressucitar os polos indústrias, isentar o setor de impostos abusivos e incentivar a criação de fábricas como é feito na China, sedendo maquinário, levantando galpões e etc. Só assim terá uma geração extensiva de empregos, não vejo o governo com vontade de fazer isso, ainda mais com esse atual governo que é fraco, covarde e não tem competência para isso! As soluções são bem claras só não enxerga isso quem não sabe olhar para países modernos como a China e que ainda acreditam no trabalho escravo por lá! Claro que para nos ocidentais uma folga por mês é praticamente escravidão, porém isso é um mal cultural nosso e não deles! Temos de mudar a mentalidade do trabalhador e dos nossos governantes, pois só assim teremos condições de competir com China e qualquer outro emergente!
  • Guilherme Lombardi tenho um grande amigo com confecção que vai passar a produzir na China esse ano, é mais barato e viável, pois além do custo dos trabalhadores e operacionais tem os prejuízos de funcionários que roubam e quebram as coisas de proposito para dar prejuízo para o empregador. Agora imagina se as outras confecções dessa cidade resolvem fechar? Elas empregam mais de um terço da população da cidade.

VINHOS E CONFECÇOES!!!!!!!!!!   VAMOS FALAR APENAS DO TEXTIL QUE É MINHA AREA, MAS APOIO O DE VINHOS!!!!!!!!! HOJE SOU TAXATIVAMENTE CONTRA IMPORTAÇÃO!!!!!!!!!JÁ FOI A EPOCA QUE FOMOS BENEFICIADOS!!!!!!!!!HOJE NÃO!!!!!!!!!!!1 É NEGATIVO PARA O BRAsil!!!!!!!!!!!!

PELO VISTO VAI PREVALECER AS OPINIOES DE SKAF REPRESENTANDO A FIESP, DE JONATAN DA ABITEX, E DE GRANDES TRADINGS QUE SIMPLESMENTE IMPORTAM A ESMO,.....DE """"ALBERTO"""" O GRANDE VENDEDOR BEM SUCEDIDO DE IMPORTADOS....DA ABIT  E DOS RAIOS QUE OS PARTAM!!!!! SÃO BURROS POIS SIMPLESMENTE DEFENDEM OS INTERESSES PROPRIOS!!!! VAMOS CONTINUAR A IMPORTAR TECIDOS, FIOS, LINHAS, ZIPPER, BOTÕES ETC...ETC....E MATAR AS INDUSTRIAS AUXILIARES QUE ACABAM PRODUZINDO PARA AS TEXTEIS TB!!!!!!!!!ENFIM...O GOVERNO E TODAS ESTAS ""ENTIDADES""" ACIMA, SIMPLESMENTE CONTINUAM A SANGRAR BAS EMPRESAS!!!!! 

QUE VAO PENTEAR MACACOS!!!! PQP!!!!!!!! É O CUMULO DA IMBECIBILIDADE!!!!!!!!!NAO TEM VISÃO!!!NAO RACIOCINAM!!!!!!!!!!


SOMENTE RSTA O POVO E ALGUNS INDUSTRIAIS TOMAREM AS DEVIDAS ATITUDES!!!! QUE MERD DE DEMOCRACIA É ESTA????? ESTAMOS SUCUMBINDO.....

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