Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Patrizio Bertelli da Prada acredita que indústria do luxo fortalecerá no pós-Covid com crescimento de 30%

A indústria do luxo vai fortalecer no pós-Covid, prevendo um crescimento de 30% até 2025. A previsão é de Patrizio Bertelli, CEO do grupo Prada, que comunicou a sua estimativa na abertura do terceiro dia do Fashion Global Summit decorrido em Milão. Um crescimento que será dominado pelos grandes nomes do setor, enquanto que os mais pequenos terão cada vez mais dificuldade em acompanhar o ritmo, segundo o executivo. “Muitas PMEs têm grandes capacidades e bons produtos, mas não oportunidade de serem bem-sucedidas devido aos custos envolvidos como, por exemplo, de ferramentas digitais e e-commerce, que se tornaram muito altos. As pequenas empresas terão sempre mais problemas para encontrarem uma identidade e terão de contar com os nomes maiores”, disse Bertelli.



Patrizio Bertelli, CEO do grupo Prada - DR


A pandemia acelerou o processo de seleção natural, colocando em risco a sobrevivência das inúmeras pequenas empresas que constituem a espinha dorsal da indústria da moda italiana, cujo património cultural é fundamental para “preservar a identidade de marcas que hoje alcançou níveis muito elevados e exige um investimento considerável”, de acordo com Bertelli. Sempre que possível, o próprio grupo Prada interveio financeiramente para adquirir participações minoritárias em pequenos negócios que muitas vezes representam o trabalho de uma vida, através do qual os artesãos desenvolvem o seu próprio know-how. “Precisamos recompensar essas pessoas, que podem ver o seu negócio crescer à medida que se envolvem no desenvolvimento de produtos num contexto corporativo mais amplo”, afirmou ainda executivo.

Uma identidade que deve ser cultivada também nos locais de trabalho “onde passamos a maior parte dos nossos dias, para fazer com que os colaboradores se sintam envolvidos com as marcas. Na década de 70, o conceito de fábrica baseava-se na dialética patrão-empregado, a partir da qual surgiram muitas queixas justificadas. Hoje essa dialética mudou e as pessoas tendem a envolver-se mais com o trabalho”, explicou.

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