Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Pesquisadores buscam tratamento de corantes têxteis com processos fotoeletroquímicos

Vários  tipos de corantes são usados pelas indústrias têxteis no mundo inteiro gerando uma quantidade significativa de efluentes têxteis. Esses corantes são considerados poluentes e perigosos no ambiente aquático devido sua toxicidade.

Pensando na preservação ambiental e no descarte adequado desses efluentes, pesquisadores do Grupo de Pesquisa da Química Analítica Ambiental (LQA) do Departamento de Química da Universidade Federal de Sergipe (UFS), Campus São Cristóvão, desenvolvem uma pesquisa que busca minimizar a quantidade e melhorar a qualidade dos efluentes aportados no meio ambiente no estado de Sergipe.   

 A pesquisa integra o Programa de Desenvolvimento Científico Tecnológico Regional (DCR) desenvolvido pela Fundação de Apoio à Pesquisa e à Inovação Tecnológica de Sergipe (Fapitec/SE). O estudo conta com a participação da supervisora do projeto doutora em Química, Maria de Lara Palmeira de Macedo Arguelho, e dos alunos de Iniciação Científica Jéssica Lima, Jean Nascimento e Kassiano Ramos. Além da equipe envolvida no projeto, a pesquisa tem a colaboração de doutores em Química, Jefferson Ferrari da Universidade Federal de São João Del-Rei (UFSJ-MG) e Maria Valnice Boldrin do Instituto de Química da UNESP-Araraquara/SP. 

O estudo tem por objetivo buscar uma rota alternativa complementar para o tratamento desses poluentes orgânicos através da geração fotoeletrocatalítica de radicais hidroxilas (OH●), possuindo propriedades oxidantes capazes de destruir (oxidar) quantidades significativas da matéria orgânica presente no efluente.       

O coordenador do projeto, Profº. Luciano Fraga, fala sobre a demanda local no setor têxtil em Sergipe. “Considerando que o setor têxtil aqui em Sergipe emprega mais de 8 mil pessoas, há uma demanda para o desenvolvimento da tecnologia que dê suporte as suas atividades, principalmente no caso das pequenas empresas que apresentam maior dificuldade de adequação às exigências legais referentes ao descarte de efluentes”, conta.     

De acordo com Luciano Fraga, o desenvolvimento da tecnologia fotoeletroquímica para o tratamento de efluente têxtil é uma alternativa que deve ser investigada no tratamento de efluentes têxteis gerados nas Indústrias de Sergipe, visto que essa técnica apresenta considerável eficiência de tratamento de efluentes têxteis, de acordo com trabalhos científicos reportados na literatura. “O aporte de rejeitos da indústria têxtil apresenta elevada carga orgânica tendo como consequência alterações significativas nas características físio-químicas dos ambientes aquáticos podendo ser nocivo à vida aquática e ao ser humano”, explica.

Etapa de otimização

Luciano Fraga explica a etapa de otimização com o corante têxtil.  “Hoje, nós temos resultados preliminares do tratamento do corante, ou seja, a solução isolada que são resultados satisfatórios diante do que já foi realizado e até meados de julho do corrente ano nós pretendemos ter resultados do efluente têxtil via tratamento fotoeletrocatalítico”, complementa.

Fotoeletrocatálise

Segundo Luciano Fraga, a fotoeletrocatálise vem da junção das vantagens das técnicas de fotocatálise com a eletrocatálise. A fotoeletrocatálise utiliza de fotoanodos/semicondutores do tipo dióxido de titânio (Ti/TiO2),  irradiados por luz UV sob potencial ou densidade de corrente controlados, de acordo com a imagem, ilustrando o esquema do reator fotoeletroquímico.

Ascom Fapitec

http://www.faxaju.com.br/conteudo.asp?id=196576

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Ideal seria aplicar esses corantes nas fibras de maneira mais eficiente, e evitar os desperdícios, que não reagem nas fibras e vão para o efluente. Processo fica mais limpo e com menor custo.

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