Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Sócio da empresa Tex Port Inc, que reside em Fortaleza, foi notificado pela suspeita de exportação de lixo hospitalar americano. A operação da PF apreendeu também computadores, documentos e R$ 320 mil

A Polícia Federal apreendeu tecido suspeito de lixo hospitalar norte-americano durante uma operação em três bairros da Capital. Meireles, Álvaro Weyne e Henrique Jorge foram os alvos do mandado de busca e apreensão cumprido ontem de manhã. Cerca de 30 policiais federais do Ceará e de Recife participaram da operação.

A ação faz parte das investigações iniciadas em outubro, após a apreensão de contêineres com lixo hospitalar, no Porto de Suape, em Pernambuco. Com a identificação e a localização das pessoas físicas e jurídicas responsáveis pela exportação dos tecidos para o Brasil, a operação da Polícia Federal cumpriu os mandados de busca e apreensão expedidos pela Justiça Federal da 4ª Vara, de Pernambuco.

Em nota, a PF disse que o sócio administrador da empresa Tex Port Inc (empresa norte-americana responsável pela exportação dos tecidos), que reside em Fortaleza, foi notificado da determinação judicial para apresentar seu passaporte em 24 horas e não se ausentar do Estado sem autorização. Empresas da família do empresário, suspeitas de estarem envolvidas na comercialização de lixo hospitalar, também foram alvo da operação.

Material apreendido

Durante as buscas, a PF informou que foram apreendidos cerca de R$ 320 mil, computadores, documentos comerciais de importação e exportação de tecidos, além de lençóis hospitalares. A suspeita é que os tecidos sejam iguais aos que foram encontrados nos contêineres do Porto de Suape. Todo o material apreendido foi levado à sede da Polícia Federal em Recife, onde passará por análise técnica e perícia especializada.

Uma coletiva de imprensa está marcada para hoje à tarde, na Superintendência Regional da Polícia Federal, em Pernambuco, onde serão dados mais detalhes da operação. O POVO tentou contato com a empresa norte-americana, mas os telefones disponibilizados no site estavam fora de serviço. (Colaborou Tiago Braga)

ENTENDA A NOTÍCIA

Os bairros Meireles, Álvaro Weyne e Henrique Jorge foram alvo da operação da Polícia Federal. Nos locais, foram apreendidos tecidos suspeitos de serem lixo hospitalar norte-americano, além de documentos, computadores e R$ 320 mil.

Para entender

No dia 11 de outubro, a Receita Federal apreendeu, no Porto de Suape, em Pernambuco, 46 toneladas de lençóis sujos e material de uso hospitalar vindos da Carolina do Sul, nos Estados Unidos. O material estava em dois contêineres.

Após a apreensão, começaram a surgir denúncias de importação
de lixo hospitalar em vários outros estados, incluindo o Ceará.

O POVO divulgou denúncia de que um comércio atacadista em Fortaleza estaria vendendo tecido proveniente de lixo hospitalar dos Estados Unidos.

O tecido de venda proibida continha a inscrição do Department of Veterans Affairs (Departamento de Veteranos da Guerra, uma instituição de saúde norte-americana).

Foi entregue à Vigilância Sanitária do Estado uma amostra do material com manchas e esparadrapo.

O resultado do laudo pericial não detectou a presença de sangue humano nas amostras coletadas das manchas no tecido.

Cerca de 4% do movimento de tecidos que chega ao Porto do Pecém (a 60 km de Fortaleza) tem origem nos EUA. Segundo a Companhia de Integração Portuária do Ceará (Ceará Portos), em média, 43 contêineres com tecidos chegam ao Porto do Pecém, por mês.

Fonte:|http://www.opovo.com.br/app/opovo/fortaleza/2011/12/21/noticiaforta...

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Respostas a este tópico

Será que os 43 contêineres por mês NUNCA foram vistoriados pelos Fiscais Aduaneiros?
Nunca ninguém desconfiou?
Explica-se assim as demissões dos Tecelões brasileiros e o fechamento de Fábricas?
Quem paga o "pato" é a camada trabalhadora que perde o emprego e compra lençol contaminado.

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