Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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O grupo francês PPR, controlador de marcas como Gucci, tem mantido negociações para comprar a fabricante italiana de ternos de luxo Brioni Roman e poderia comprar uma marca chinesa, segundo seu CEO, François-Henri Pinault.

"Tivemos discussões com eles, assim como com outros, mas não está finalizado", disse Pinault referindo-se à Brioni, cuja sede fica em Penne, na Itália.

O executivo disse que o grupo PPR concorre com rivais do setor e com fundos de investimentos em participações pela empresa italiana, que é controlada por três famílias e teve receita de € 206,5 milhões em 2008, ano mais recente com dados disponíveis. Ele não quis comentar se apresentou uma oferta formal final.

A aquisição da Brioni seria mais um passo na estratégia da PPR de concentrar-se em suas unidades de artigos esportivos e de luxo, enquanto sai do varejo.

Pinault também busca expandir-se na China, onde as vendas do grupo francês deverão crescer 18% por ano entre 2010 e 2015, para 180 bilhões de yuans (US$ 28 bilhões), de acordo com estimativas da empresa de consultoria McKinsey & Co.

O PPR estaria interessada em adquirir uma marca chinesa "com identidade própria", disse Pinault. "Ainda não vi uma oportunidade assim. Não há razão para que não possa acontecer."

As vendas da divisão de luxo do PPR subiram 23% no primeiro semestre, impulsionadas pela demanda chinesa pelas grifes Gucci e Bottega Veneta, segundo a empresa havia informado em julho. Pinault disse na ocasião que o apetite "muito forte" por bens de luxo, especialmente na Ásia, a ajudará a melhorar os resultados este ano.

O PPR está interessado em empresas pequenas e médias com potencial de crescimento, afirmou Pinault. O grupo, que busca ampliar suas linhas de joias, "avaliou uma marca criada em Hong Kong, mas era pequena demais", afirmou.

Depois dos Estados Unidos, a China é o maior mercado da divisão de luxo do PPR, afirmou o executivo. "O crescimento e rentabilidade [na China] talvez compensem qualquer fraqueza que possa surgir na Europa ou Estados Unidos", disse. De qualquer forma, "hoje, não vejo nenhum sinal de fragilidade em qualquer lugar do mundo, nem mesmo na Europa", disse o CEO.

O PPR está se reorganizando para dar mais importância à divisão de luxo - que inclui ainda a unidade de artigos esportivos e estilo de vida cujo principal marca é a Puma -, para atender a crescente demanda por roupas e acessórios de grife na Ásia e América Latina. O grupo, que vendeu a varejista de móveis Conforama em março, também quer vender a varejista on-line Redcats e a rede Fnac, e usar parte dos recursos para financiar aquisições.

Pinault disse que "o acesso a financiamento pelos possíveis compradores é um ponto crucial" para os esforços do PPR em vender a Redcats. A rede pode atrair ofertas de empresas especializadas em aquisições, como a TPG Capital, Bain Capital e Permira Advisers, segundo fontes do setor.

Fonte:|http://www.valor.com.br/empresas/1003332/ppr-negocia-grife-de-terno...

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