Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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O “ouro branco” atingiu em meados de março o valor mais alto dos últimos 11 meses, impulsionado por previsões recentes que sugerem uma diminuição acima do previsto nos stocks mundiais da fibra, com o consumo a superar a produção e os esforços em curso para levantar as reservas chinesas. 

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Preço do algodão em alta

Os preços internacionais do algodão para entrega em maio de 2013 estavam a ser negociados a 92,5 centavos de dólar por libra na bolsa ICE Futures US em meados de março. No seu comunicado mensal, a Cotton Incorporated refere que os preços dos futuros em maio ficaram consistentemente acima dos 86 cêntimos de dólar por libra nas transações recentes.

Na primeira quinzena de fevereiro, os futuros de maio foram negociados entre 82 e 85 cêntimos de dólar por libra. De outubro a janeiro, os futuros de maio foram negociados entre 72 e 78 cêntimos de dólar por libra. A última vez que os preços ficaram acima dos 90 centavos de dólar foi em abril do ano passado, com o mínimo de 68,83 cêntimos de dólar por libra registado em junho.

No seu relatório de março, o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) elevou a previsão para o consumo mundial de algodão dos 106,2 para os 107,1 milhões de fardos, liderado por acréscimos de utilização na China, Índia e Bangladesh. As estimativas de produção também aumentaram, passando dos 119,0 para 119,9 milhões de fardos, lideradas por colheitas mais elevados na China, Uzbequistão, México e Turquemenistão.

No entanto, o volume dos stocks finais de 2012/13 foi revisto ligeiramente em baixa de 81,9 para 81,7 milhões de fardos. De salientar que as revisões em alta para os dados de produção e importação na China sugerem que os stocks mundiais estarão mais concentrados neste país do que o estimado anteriormente. O número para 2012/13 dos stocks finais chineses é de 44,1 milhões de fardos, o que representa 54,0% dos stocks mundiais.
 
A Cotton Incorporated também observa que as estimativas preliminares para oferta e procura na próxima colheita de 2013/14, que foram descritas no USDA Outlook Forum em fevereiro, assumem que haverá uma contínua concentração da oferta mundial de algodão na China.
Os preços mais baixos do algodão em comparação com culturas alternativas, como o milho ou a soja, também apontam no sentido de uma diminuição de 3,0% da produção mundial. No entanto, as projeções do FMI para a aceleração do crescimento económico mundial em 2013 e novamente em 2014 indicam que o consumo mundial poderá aumentar em 2,6%.

A utilização da produção na China deverá cair 4%, devido aos elevados preços domésticos – ainda que esta política possa beneficiar outros grandes países produtores de fios de algodão, que podem exportar o fio livremente para a China e também conquistar mercado para as encomendas a jusante, como tecidos e vestuário.

Apesar de uma diminuição da produção global e um aumento no consumo, os stocks mundiais de algodão deverão crescer pela quarta colheita consecutiva e subir outros 7,9% em 2013/14, com os stocks a aumentarem 16,3% na China.

Durante os últimos dois anos agrícolas, a China tem sustentado os preços em todo o mundo, na qualidade de grande comprador de algodão nacional e internacional. No entanto, como salienta a Cotton Incorporated, a China não pode acumular stocks indefinidamente e poderá eventualmente vender. O momento e a agressividade das eventuais vendas de reservas chinesas deverá resultar num impacto significativo sobre os preços.

Fonte:|http://www.portugaltextil.com/tabid/63/xmmid/407/xmid/42237/xmview/...

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