Quando se fala em produção de tecidos, a primeira coisa que vem em nossas mentes é a matéria-prima do produto. E é natural pensar em insumos como algodão, linho etc. Porém, o que pouca gente sabe é que a química é bastante utilizada na indústria têxtil.
Procedimentos químicos como a tinturaria e o acabamento são muito comuns. Além disso, a química contribui para a otimização de processos, o que pode ajudar a tornar o seu negócio mais sustentável.
Quer saber mais sobre a química na indústria têxtil? Então, continue com a gente! Aqui, você aprenderá tudo sobre o assunto e um pouco mais. Confira!
As matérias-primas de origem química utilizadas na produção de tecidos podem ter origem vegetal, como o acetato e a viscose, ou petroquímica, como a lycra, o poliéster e o nylon. Além das matérias-primas, são realizados também diversos processos que envolvem reações químicas e podem ser nocivas ao meio ambiente.
Atualmente, a tecnologia e o conhecimento permitiram a descoberta de diversas técnicas que agridem menos o meio ambiente. Elas são adotadas pelas mais variadas empresas, sendo obrigatórias em alguns casos.
No tratamento de um tecido são utilizadas substâncias químicas em três processos principais: tingimento, alvejamento e lavagem. Veja, agora mesmo, as características e benefícios de cada solução!
O tingimento, feito em fibra, fio e tecido, é uma das principais soluções utilizadas, pois dá vida e personalidade ao produto. Para que a reação química do tingimento ocorra, é preciso utilizar uma substância chamada corante. Cada tipo de tecido necessita de um tipo de corante diferente. O nylon, por exemplo, é colorido por meio de corantes ácidos e dispersos. Já a celulose, por meio de corantes reativos.
O tingimento pode ser feito por meio do tecido em corda ou em aberto. Dê uma olhada nas classificações do tingimento:
Alvejar um tecido nada mais é do que remover manchas de sujeiras. É o alvejante que deixa o produto têxtil com a cor mais uniforme. A reação química do alvejamento é feita por meio da combinação da substância hipoclorito de sódio com água.
O hipoclorito de sódio em si não é tóxico. Porém, os alvejantes vendidos nos supermercados recebem, muitas vezes, água sanitária em sua composição, o que torna o alvejante uma ameaça.
Para tirar os excessos do tingimento e do alvejamento, é necessária uma lavagem. Essa lavagem é feita, normalmente, por meio da reação entre água e sabão. A produção do sabão, também chamada de saponificação, é simples e pode ser feita em casa mesmo. Dessa forma, torna-se inofensiva ao meio ambiente.
Porém, em grandes produções industriais são usados, normalmente, sabões potentes, com garantias de limpeza em grandes quantidades. Esses sabões podem se tornar substâncias tóxicas, causando poluição e fazendo um enorme mal à saúde dos usuários do tecido.
Para que a sustentabilidade seja colocada em prática na produção têxtil, é preciso que haja uma correta gestão das substâncias químicas durante a produção. Priorizar o uso de substâncias não tóxicas, promover a reciclagem de materiais e evitar o uso de metais pesados são algumas das atitudes que devem ser tomadas para que haja preservação do meio ambiente.
Há cerca de trinta anos foi criada a Química Verde, um projeto que visa a redução constante de substâncias nocivas nos processos, até a sua total eliminação. Criado pelo cientista Mark Harrison, da Universidade de Lehign, nos Estados Unidos, o conceito diz respeito à criação de um espaço em que são cultivados insumos menos danosos à natureza e que poderão ser utilizados nos processos produtivos. Muitos desses insumos são feitos por meio da nanotecnologia.
A Química Verde é baseada em doze princípios básicos, criados pelo cientista americano Paul Anastas. São eles:
De modo geral, a Química Verde é colocada em prática quando as empresas passam a adotar novos catalisadores, matérias-primas renováveis e, de forma prática, substituem as substâncias químicas por outras naturais e menos agressivas.
Portanto, a química na indústria têxtil já foi muito agressiva em tempos passados. O pouco conhecimento a respeito da degradação do meio ambiente fazia com que as substâncias fossem aplicadas de forma livre, sem grandes restrições. Porém, com as novas alternativas estabelecidas pela evolução tecnológica e as pesquisas de ponta, produzir tecidos está sendo cada vez mais sustentável.
O importante é ficar sempre atento quanto aos produtos utilizados durante as etapas de produção. Observar, sempre que possível, quais substâncias são utilizadas, se são nocivas ou não e se estão credenciadas por alguma organização que ateste a sua sustentabilidade e responsabilidade social.
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