Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Retrospectiva 2022 – Cresce exportação de vestuário e calçados

De janeiro a outubro deste ano, resultado do setor de vestuário chegou a US$ 3,21 milhões, cifra superior à de todo o ano passado.

O setor de vestuário e calçados fecha o ano de 2022 em um cenário bem melhor que o do ano anterior. As exportações pelo Estado, entre janeiro e outubro de 2022, somaram
US$ 3,21 milhões e superaram o volume apurado durante todo o ano passado (US$ 2,94 milhões), segundo dados do Observatório da Indústria da Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes).

Na avaliação do presidente da Câmara Setorial da Indústria do Vestuário da Findes, Ricardo Silva Tavares de Brito, esse desempenho reflete a recuperação registrada pelo setor, sobretudo nos seis primeiros meses de 2022, depois de dois anos de pandemia.
“O resultado só não foi melhor por conta do período ‘bem difícil’, registrado a partir do segundo semestre, quando as atenções se voltaram para eventos como eleições e Copa do Mundo, o que acabou gerando uma certa estagnação no mercado”, ponderou Ricardo de Brito

Ele não confirma, mas também não descarta a hipótese de repetição desse comportamento nos primeiros meses de 2023. “Tudo vai depender da reação da economia às decisões a serem tomadas pelo próximo Governo. É esperar para ver e, nesse caso, seria prematuro fazer alguma previsão”, considerou o empresário.

Empregos no vestuário

As estatísticas mais recentes revelam que, em 2019, o setor do vestuário abrangia 63.641 estabelecimentos industriais e empregava formalmente 1.102.221 trabalhadores na indústria pelo país.

No Espírito Santo, o setor de confecções, têxtil e de calçados é um dos mais tradicionais. De acordo com o último levantamento, abarcava, em 2019, 1.018 empresas, o que representava 1,6% em nível nacional, e empregava formalmente 13.204 funcionários,
ou seja, 1,2% do total no país.

Segundo estimativas de quem atua na área, esse número de empresas deve dobrar até 2035. Em 2020, quando foi anunciada pela Federação das Indústrias do Estado do Espírito Santo (Findes), a projeção já representava um crescimento de 150% em 15 anos. Para que se concretizasse, a entidade apontava a necessidade de desenvolver um “forte trabalho formação da mão de obra e na certificação das empresas”, o que vem sendo buscado pela instituição.

Tanto no Espírito Santo (83,5%) quanto no Brasil (84,6%), o setor é composto majoritariamente por microempresas. A geração de postos de trabalho, no entanto, é distribuída em organizações de micro, pequeno e médio portes. No Estado, embora 14,4% das empresas sejam de pequeno e 2,1% de médio porte, esses estabelecimentos abrigam 47,5% e 24,9%, respectivamente, das vagas profissionais do segmento.

Artigos e acessórios

Retrospectiva 2022 - Cresce exportação de vestuário e calçados
A atividade de confecção de artigos do vestuário e acessórios responde por 79% dos empregos e por 81% das empresas do setor do vestuário do Espírito Santo – Foto: Jhonatan Blendon

A atividade de confecção de artigos do vestuário e acessórios responde por 79% dos empregos e por 81% das empresas do setor do vestuário do Espírito Santo. Em seguida no ranking, vem a área couro e calçados, responsável por 12% dos empregos e 6% das empresas. O campo têxtil envolve 9% dos empregos e 13% das empresas do setor capixaba. O salário médio do segmento do vestuário no Espírito Santo é de R$ 1.368,79.

Expectativas mundiais

De acordo com a TextileExchange, organização global comprometida com a aceleração de práticas sustentáveis na indústria têxtil, a produção de fibras mais do que dobrou nos últimos 20 anos. A projeção para a produção futura de fibras é de 132 milhões de toneladas em 2025 e de 146 milhões em 2030.

Por sua vez, o Statista – site com estatísticas internacionais – estima que o mercado de calçados crescerá a uma taxa anual de 9,7% até 2025. Em termos de peças, espera-se que a produção de calçados atinja 12,6 milhões de unidades até lá.

Já para o setor de confecção, as análises indicam que o mercado mundial do vestuário avançará a uma taxa anual de 5,6% até 2026. Em termos de peças, espera-se que a produção do vestuário chegue a 197,3 milhões de unidades até 2026.

Recuo do setor no Brasil

Em 2020, a produção brasileira dos segmentos têxtil, confecção e de couro e calçados contraiu 6,7%, 23,7% e 18,9%, respectivamente, em relação ao ano anterior.
Além da redução da atividade fabril provocada pela pandemia em 2020, a indústria do setor enfrentou desafios de acesso ao crédito, de mudança do perfil do consumidor (que interferiu no planejamento das coleções) e do descompasso na cadeia produtiva (com a dificuldade de acesso a insumos, como os tecidos chineses).

Vendas no ES

Apesar do fechamento temporário do comércio para a contenção do espalhamento do coronavírus, no acumulado de 2020, o volume de vendas do setor de tecidos, vestuário e calçados cresceu 4,7% no Espírito Santo, acima do que foi registrado no país (1,2%).

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