Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

O quilo de pluma é vendido para a Aviest-PB a R$ 9,40, segundo Francisca Vieira.


Os empresários da Associação da Indústria do Vestuário da Paraíba - Aviest-PB estão comemorando a safra recorde do algodão colorido orgânico, que começou a ser colhida no assentamento Margarida Maria Alves, em Juarez Távora, no Agreste paraibano. Em uma área de 25 hectares será colhida 1,5 tonelada por hectare, em média, segundo a empresária Francisca Vieira. “É tanto algodão que a ‘maçã’ - como é conhecido o capuchinho - está arriando do pé”, comemora a empresária.

Apesar da colheita do algodão colorido não ser a principal fonte de renda dos agricultores daquela área - a renda vem da produção de feijão e milho, principalmente -, em valores, a cada hectare colhido será arrecadado R$ 5,6 mil. O quilo de pluma é vendido para a Aviest-PB a R$ 9,40, segundo Francisca Vieira.

Ela disse que a associação de empresários, que conta com oito empresas, fechou um “contrato no chão” para os agricultores plantarem o algodão colorido em uma determinada área do assentamento.

O processo de colheita deve se estender até janeiro do próximo ano, e, a partir do algodão nas mãos dos empresários, começa a “via crucis”, como enfatiza Francisca Vieira, para transformar o produto em roupa. “Temos que tecer, transformar em roupa e vender”, explica a empresária, criticando o trabalho que deveria ser feito de uma forma mais direta pelos técnicos da Emater - Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural da Paraíba.

Mercado japonês negocia produto

Os itens produzidos por meio do algodão colorido orgânico já estão sendo levados para as prateleiras de lojas de países como Alemanha, França, Estados Unidos, entre outros. A novidade, segundo Francisca Vieira, é o interesse do mercado japonês pelo algodão paraibano. Pelo menos dois representantes que atuam em Tóquio estão negociando a comercialização de produtos da moda feminina e acessórios, que serão expostos em um showroom.

A empresária disse que está seguindo para Tóquio no dia 26 para negociar a instalação do espaço reservado no showroom e os preços a serem cobrados. Francisca Vieira disse que a Aviest-PB tem uma carteira de seis distribuidores no exterior, mas, com a queda na safra passada, que não chegou nem perto das 10 toneladas, houve uma parada no processo de comercialização, já que não havia matéria-prima para produção das peças. A atual safra, estima a empresária, deve chegar a 30 toneladas.

O interesse dos europeus pelo algodão colorido orgânico é tão forte, que uma equipe da Biofach, considerada a maior feira de orgânicos do mundo, realizada na Alemanha, estará no assentamento Margarida Alves em novembro. Francisca Vieira disse que os alemães querem conhecer de perto a experiência dos agricultores paraibanos como a do ‘Seu” Aloísio, dono de um dos 10 lotes da região. “Nenhum agricultor utiliza fertilizante, é tudo esterco do gado”, revela Dona Preta, como é conhecida a agricultura Margarida Alves, tesoureira da Associação.

http://portalcorreio.uol.com.br/noticias/economia/comercio/2013/10/...

Exibições: 283

Responder esta

Respostas a este tópico

prezado romildo, nos aqui da paraiba que trabalhamos com este algodao temos que fazer o trabalho da emater, que sequer consegue organizar as comunidades agricolas, esta regiao tem um grande potencial para plantacao de algodao organico, porem nos como empresarios de moda nao temos tempo de fazer o trabalho necessario para aumentar esta producao, o que poderia ser o dobro ou tripulo, mas temos que ter nossas fabricas funcionando eu tive que reduzir minha equipe e meus colegas empresarios me ajudam a produzir minhas pecas para que eu possa fazer este trabalho no campo, so quem nos ajuda e a embrapa que hoje esta orginizando uma opac (sistema de certificacao organica participativo do ministerio do trabalho), mas este trabalho leva o dobro do tempo porque nao tem apoio do governo do estado, que alias nos ja publicamos aqui mesmo que alem de nao ajudar ainda prejudica os agricultores que sao as maiores vitimas do descaso.

Prezada Francisca Vieira,  Sou Presidente da COOPETÊTIL, Cooperativa que congrega 22 profissionais da CADEIA TÊXTIL, de diversas áreas de conhecimento técnico, desde a agricultura do algodão até a Confecção, atendendo ainda a área Comercial, Econômica/Financeira com elaboração de Projetos Técnicos-Econômicos, em qualquer das áreas pertencentes à Cadeia Têxtil. Todos os profissionais, são especialistas  aposentados com mais de 30/40 anos de experiência que poderá ajudar muito a sua AVIEST, pois, sabemos projetar, plantar, colher, fiar, tecer, tingir, estampar, dar o acabamento final ao tecido e transformá- lo nos mais diferentes modelos de vestuário, pois, temos também, especialistas em DESIGN E MODA, professores das mais renomadas Faculdades de Recife. Temos nesse momento um Contrato de Consultoria com o SEBRAE DE ALAGOAS para realizar um trabalho de treinamento para mais de 130 pequena e micros empresas e também a pequenos e micros empresários do ramo de CONFECÇÕES do Estado de Alagoas.Podemos conseguir os apoios que a AVIEST necessita para atender a demanda de algodão natural e colorido que tende a crescer bastante nos próximos anos. Me coloco a sua disposição pelo telefone (81) 9929-3338/3032-0969 ou pelo e-mail luizbarbosalima@hotmail.com para marcarmos um encontro em sua Associação a qualquer momento que desejar. Lhe informo também que existe disponibilidade de recursos "à fundo perdido" do BNDES, à disposição,l para alavancar projetos considerados "VERDE" (é o caso do seu). Muito pouco utilizado por pequenos agricultores e empreendedores industriais da Agro-Industria, por desconhecimento e falta de orientação governamental que se veem obrigados a devolverem os recursos ao BNDES, por não serem utilizados pelos Estados. Poderemos orientar e viabilizar seus projetos de crescimento.

Responder à discussão

RSS

© 2024   Criado por Textile Industry.   Ativado por

Badges  |  Relatar um incidente  |  Termos de serviço