Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Segmento jeanswear vem ganhando fôlego com novas estratégias

“O mercado de jeanswear no Brasil – Comportamento dos consumidores e desafios”, esse foi o assunto, de extrema importância para o segmento, abordado por Marcelo Prado, responsável pelo IEMI – Inteligência de Mercado, durante o Agreste Tex.

Marcelo apontou dados interessantes que indicam o declínio do setor no pós-pandemia mas com uma recuperação lenta para 2024. No ano de 2022, a indústria do vestuário produziu mais de 5 bilhões de peças (150,3 bilhões de reais) e importou 1,2 milhões, com uma alta participação de importados no mercado.

Em 2019, a produção jeanswear fechou com 340 milhões de peças e agora estão com 288 milhões, há muito o que recuperar.

“Em 2022, comparado ao ano anterior, a produção acumulou queda de 5,5% em peças e crescimento de 1,2% em valores nominais”, comenta Marcelo Prado.

Em relação à oferta de produtos, com base no ano de 2022, temos:

47% para linha feminina adulta, 10% infantil, 32% para o masculino adulto, 7% masculino infantil, 4% de plus size e 1% bebê.

Já o consumo no Varejo foi de 265,8 bilhões, sendo 1210 reais o valor per capita, ao ano, com 6,27 bilhões de peças vendidas. Dados preliminares para 2023 são: +3,5% em valores.

“O foco é melhorar as questões de sustentabilidade e propósito, para que possam se enquadrar dentro de um mercado que aceite consumir roupa sem ser esse produto cuja sobra vai causar dados ao meio ambiente. É um processo complexo e que atrapalha a rotatividade do produto”, disse Marcelo Prado.

O custo de vida foi impactado pela inflação dos pós-pandemia, limitando os recursos para o consumo de bens. Segundo Marcelo, a inflação baixa, recuperação de crédito, redução de juros, diminuição de endividamento das famílias, tudo isso vai fazer o mercado se movimentar. “Começamos com a inflação equilibrada em 2023 e para 2024, espera-se subir esse processo de recuperação de compra das famílias”, afirmou Marcelo.

Estratégias de crescimento

#As regiões onde o consumo mantém as maiores taxas de crescimento são as influenciadas pelo Agronegócio;

#As grandes cidades do interior são as que mais crescem dentro de um país muito heterogêneo;

#Principais canais de compra: e-commerce cresceram sete vezes nos últimos 6 anos, há outros canais também que estão em alta. É preciso vender valor, não só preço, investir em linhas de produtos que são os queridinhos do momento, principalmente no pós-pandemia;

#Os segmentos consumidores de poder de compra e perfis diferentes foram os que menos perderam com a crise;

#Inovar sempre em produtos, processos e comunicação com diferenciais próprios – “aquilo que só eu tenho” é a única coisa que consegue determinar o preço.

Segundo Marcelo, 40% do dinheiro na moda é gasto com produtos mais caros, então o pensamento de que vai abaixar o preço para vender mais, não é correto, às vezes, com essa estratégia, a confecção pode sair de mercados importantes. É preciso dar valor ao produto, posicionando-o em relação ao mercado.

“O processo de normalização está começando a recuperar o consumo, as famílias estão começando a comprar mais, vamos ter uma aceleração, ainda que lenta, mas teremos e por isso, precisamos nos posicionar para poder competir”, finaliza Marcelo.


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