Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Setor Têxtil de Petrópolis Já Começa a se Movimentar para Minimizar os Efeitos da Crise


O setor têxtil de Petrópolis já começa a se movimentar para minimizar os efeitos da crise na cidade.  As ofertas de empregos já começaram a crescer e o número de demissões, no último mês, foi de 19 pessoas, visto que em janeiro apenas uma única empresa demitiu 80 funcionários. Peça primordial para garantir o avanço no setor é a parceria com o Dieese - Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos, que a partir da primeira semana de abril atuará junto ao sindicato mapeando todo o setor e apontando as possíveis irregularidades. Há ainda uma movimentação com os sindicatos patronais e dos trabalhadores de vários estados, para que juntos possam cobrar do Governo Federal uma maior fiscalização sobre as importações que estão entrando no país. Petrópolis conta com empresas importantes que fabricam tecidos finos, planos, malhas, tapeçaria e feltros. Muito do que é produzido é vendido na cidade, mas boa parte é vendida para empresas em todo o Brasil e até para fora do país. Porém, como acontece no setor de confecções, donos de empresas têxteis têm investido na compra de tecidos importados, que além de não ter o custo da produção têm um preço final mais em conta, o que garante maiores lucros.

Muito se fala sobre crise no setor, mas pouco se debate sobre o que pode ser feito para reverter a situação. Há uma movimentação entre os sindicatos, uma união entre o patronal e o dos trabalhadores, em que buscamos junto ao Governo Federal uma política de redução das taxas de juros. As centrais sindicais já se reuniram em São Paulo para debater sobre isso e sobre uma maior fiscalização em cima dos produtos que estão entrando no Brasil”, analisou o presidente do sindicato dos Têxteis, Wanilton Reis.

Em Petrópolis, um técnico de planejamento do Dieese virá à cidade para avaliar qual a realidade e se realmente há uma crise no setor. “Esse técnico virá com dados importantes de como está o setor têxtil na nossa cidade. Assim vamos conseguir avaliar se realmente estamos enfrentando uma crise ou não. Haverá uma comparação do que foi produzido no ano passado e como anda a produção deste ano. Iremos também fazer um mapeamento do que está entrando na cidade com as importações. O Dieese tem um papel fundamental para nos ajudar no que diz respeito aos benefícios e melhoras na qualidade de vida dos trabalhadores”, afirmou Wanilton Reis.

No último dia 28 de fevereiro aconteceu a primeira assembléia para apresentação das pautas de 2012 e 2013 do Sindicato dos Têxteis. O ponto principal da reunião foi o reajuste salarial, o INPC acumulado, participação dos lucros e resultados e cesta básica. “Em média, um funcionário da produção ganha de R$ 659,12 a R$ 3 mil e os funcionários da gerência ganham a partir de R$ 3 mil. Estamos batalhando para conseguir que o piso passe a R$ 752,40 e aumento também dos que ganham a cima do piso. A cesta básica com 15 itens em gêneros alimentícios, INPC acumulado, Sipa acima de 20 funcionários e garantir os direitos a aposentadoria dos funcionários que trabalham  há 10 anos em uma empresa. Caso ele seja demitido faltando 24 meses para aposentar, a empresa seria obrigada a pagar os meses até a aposentadoria. As pautas já foram entregues e acreditamos que todas as solicitações sejam aceitas”, finaliza Wanilton Reis.

SUELLEN DE OLIVEIRA
Redação Tribuna

Fonte:|http://tribunadepetropolis.imprensa.ws/2012/index.php?option=com_co...

Exibições: 580

Responder esta

Respostas a este tópico

Entendo que o SINDITÊXTIL do Rio de Janeiro deva pronunciar-se.

 

Responder à discussão

RSS

© 2024   Criado por Textile Industry.   Ativado por

Badges  |  Relatar um incidente  |  Termos de serviço