Socorrido pelo governo federal, o setor têxtil e de confecção recebeu, de 2007 a abril deste ano, R$ 7,6 bilhões em repasses do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Federal) para investimentos.
O valor corresponde a 63,8% do total liberado aos setores também beneficiados pelo governo, entre eles o moveleiro, o de calçados e o de eletrodomésticos.
Só ficou acima desse patamar a liberação para o setor automotivo, que foi de R$ 16,6 bilhões no período.
De acordo com o banco, a maior parte dos recursos foi entregue entre 2010 e 2011, período em que o governo incentivou a economia contra a crise financeira mundial que explodiu no final de 2008 e atingiu o país em 2009.
A lógica do investimento no pós-crise também pode ser verificada nos repasses aos setores moveleiro e de calçados. Só as fabricantes de eletrodomésticos reduziram os investimentos a partir de 2008, segundo os dados.
Entre os benefícios concedidos estão desoneração e redução da alíquota do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados), desoneração da folha de pagamento e preferência nas compras públicas.
Só no primeiro ano de governo da presidente Dilma Rousseff, a renúncia sobre receitas alcançou R$ 187 bilhões, de acordo com relatório do TCU (Tribunal de Contas da União) deste ano.
"Os investimentos são reflexo do bom momento que os setores passavam após a crise de 2008, quando tiveram que aumentar a produção", disse Marcelo Nascimento, chefe do departamento econômico do BNDES.
A favor do setor têxtil conta a geração de empregos. Segundo a direção da Abit (Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção), são 1,8 milhão de empregados diretos nas empresas e 8 milhões de indiretos.
Entre as empresas que mais investiram, a Riachuelo aplicou R$ 596,4 milhões do BNDES de 2010 a 2011 na instalação de 44 lojas, de novas fábricas, na ampliação de unidades existentes e na modernização de máquinas e equipamentos.
De acordo com o presidente da associação, Aguinaldo Diniz Filho, os investimentos foram feitos "do portão da fábrica para dentro" com o objetivo de combater a invasão dos produtos vindos, principalmente, da China.
"Investimos em modernização de máquinas e equipamentos para aumentar a produção e a qualidade, reduzir os custos e fortalecer a indústria e os empregos para fazer frente à competitividade chinesa", disse o empresário.
No entanto, ele afirmou que as medidas não são suficientes e defendeu a redução no custo da energia, a desvalorização do real e a proteção comercial. "Não existe empresa competitiva se o país não for competitivo", disse.
Fonte:|http://www.jornalfloripa.com.br/politica/index1.php?pg=verjornalflo...
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Fiquei confuso! Misturou-se beneficios com investimentos e emprestimos do BNDES. Afinal quanto houve de investimentos no setor textil de 2010 até hoje?
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