Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Têxtil: alta na produção em 2024 animou empresários para 2025

A Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit) mostra que o setor retomou um ciclo de crescimento no ano passado, após enfrentar dificuldades da pandemia e as incertezas que têm permeado o País. Em 2024, o segmento têxtil registrou crescimento de 4,8% na produção em relação ao mesmo período de 2023, enquanto o vestuário avançou 3,9%. Para 2025, a Abit projeta um crescimento de 1,2% em toda a Cadeia, a depender, é claro, do cenário do PIB nacional que reflete no poder de compra dos consumidores. Mas o setor está otimista e projeta investimentos. 

Acreditando que um setor forte precisa ter uma feira de insumos forte, que atraia compradores nacionais e internacionais, a Abit está na correalização da FEBRATÊXTIL, juntamente com Febratex Group e Sindicato das Indústrias de Fiação e Tecelagem do Estado de São Paulo (Sinditêxtil-SP). Depois das duas últimas edições de sucesso realizadas antes da pandemia, a feira retorna ao Center Norte, em São Paulo, entre os dias 18 e 20 de fevereiro. O evento busca promover a integração dos segmentos de fios, tecidos, denim, malharias, aviamentos e complementos. Além de insumos, tecnologias e serviços, proporcionando, para as empresas e profissionais da confecção, moda e varejo, um ambiente que oferece soluções para os mais diversos processos criativos, produtivos e de gestão da cadeia têxtil. 

“Estamos entusiasmados com a retomada da FEBRATÊXTIL em São Paulo, um marco essencial para a cadeia de insumos têxteis do Brasil. Esta feira é estratégica para consolidar o crescimento do setor, com empresas fornecedoras e compradoras de matérias-primas feitas no País. Essa integração é que fortalece um setor”, declara Fernando Pimentel, diretor-superintendente da Abit. 

Setor em 2024 

A indústria têxtil e de confecção evidenciou sua importância na economia nacional em 2024. Com faturamento de R$ 212,6 bilhões em 2024, ante R$ 203,9 bilhões de 2023, compreendendo 25,3 mil empresas com mais de cinco funcionários, gerando 1,3 milhão de empregos diretos e contribuindo com R$ 32,9 bilhões em salários e remunerações. Além disso, recolheu R$ 24,4 bilhões em impostos e taxas. Os dados ratificam a posição da indústria têxtil e de confecção brasileira como a quinta maior do mundo. 

A Abit também reiterou o empenho para alavancar o setor rumo à sustentabilidade e inovação com o lançamento da Liga da Descarbonização. Lançada em 2024, a iniciativa busca intensificar a jornada de descarbonização das empresas associadas, com uma agenda de diálogo, orientação e acompanhamento das empresas que estão aderindo à Liga.

Comércio exterior 

No comércio exterior, as exportações de produtos têxteis e de confecção em 2024 totalizaram US$ 908 milhões, enquanto as importações chegaram a US$ 6,6 bilhões, resultando em um saldo negativo de US$ 5,7 bilhões. Em relação ao ano anterior, o volume das importações aumentou 20,8% e das exportações diminuiu em 3,9%. As compras externas de roupas tiveram expansão de 21,4%, sendo a maior parcela advinda da China. 

Apesar do déficit na balança comercial, o setor busca fortalecer sua competitividade no mercado internacional. Nesse sentido, o programa Texbrasil, realizado por meio de parceria entre a Abit e a Apex, apoiou 181 empresas em 20 feiras e eventos internacionais em 2024. Outro programa da Abit, o Vista Brasil, numa promoção conjunta com o Sebrae e voltado ao fomento de micro e pequenas empresas, apoiou 15 delas em duas feiras nacionais. 

Setor otimista 

O levantamento realizado pela Abit com os empresários do setor revela perspectivas otimistas para 2025. Dentre os entrevistados, 45% preveem crescimento moderado do mercado interno, entre 2,1% e 4%, e 8% acreditam em um aumento significativo das exportações. Investimentos também estão no horizonte, com 42% das empresas planejando aportar recursos moderadamente, priorizando maquinário, tecnologia e automação, e 31% focando na expansão da capacidade produtiva. 

Avanços dos programas Nova Indústria Brasil (NIB), Depreciação Acelerada e Brasil + Produtivo são considerados estratégicos pela Abit em 2025. Os principais desafios para este ano incluem a escassez de mão de obra qualificada, custos de produção e a necessidade de adaptação às novas tecnologias, que poderão ser arrefecidos com o acordo entre Mercosul e União Europeia. 

A Abit foi uma das entidades pioneiras nas negociações dos parâmetros mercadológicos, num trabalho consistente de diplomacia econômica realizado em conjunto com a European Apparel and Textile Confederation (Euratex). 

Apesar das dificuldades, dentre elas o desequilíbrio fiscal do Estado, que gera incertezas, a indústria têxtil e de confecção mantém o foco em inovação, sustentabilidade, crescimento e maior participação no mercado global. Os dados referentes a 2024 reiteram o papel estratégico do setor na economia brasileira. 

SERVIÇO - FEBRATÊXTIL

Data: 18 a 20 de fevereiro
Hora: das 14h às 21h

Local: Center Norte – Pavilhão de Exposições Vermelho

https://www.abit.org.br/noticias/textil-alta-na-producao-em-2024-an...

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