Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Teóricos e estilistas afirmam que a cultura hipster está em decadência

O fechamento de lojas famosas, o declínio de vendas e a mudança do estilo já são traços evidentes

Toda cultura é formada por comportamentos e trajetórias de uma determinada sociedade. Sua construção e o seu fim estão ligados a uma linha que não acaba da noite para o dia. A cultura hipster, que nasceu na década de 90, no Brooklyn nova-iorquino e no East End de Londres, está declinando, segundo teórico, empresários e estilistas.

Consultorias dizem que a cultura hipster se diluiu
Isso não significa que as barbas espessas, o uso da camisa xadrez , óculos retrô, andar bicicleta de marcha única e vestir cores vibrantes vão desaparecer totalmente. A busca pela originalidade, marcada pela cultura hipster, é que está tomando outros rumos.

Um estudo realizado por três consultorias de tendência, a K-Hole, em Nova York, The Future Laboratory, em Londres e a Box1824, de São Paulo, aponta o esgotamento dessa estética, que deu lugar a novas versões.

Para o consultor da Box1824, André Oliveira, em entrevista à Folha de São Paulo, a cultura hipster tentava ser um oásis de diferença no ambiente pasteurizado das metrópoles. “O grande fetiche do hipster é o autêntico, o único, o especial. Mas todo mundo acaba parecendo um clone seguindo essa moda”.

Esta semana, o Jornal britânico The Guardian publicou uma reportagem enfatizando o fim desta cultura. Na reportagem, o futurologista Chris Sanderson, atesta que “o hipster morreu no minuto que o chamamos de hipster. A palavra não tem mais significado”. Para ele, existem dois tipos de hipster hoje em dia, o hipster contemporâneo e o proto-hipster. O primeiro seriam os novos hipster sem conhecimento integral da cultura e o outro é o “verdadeiro”, os integrantes da raça.

“É uma cultura que se tornou mainstream”, diz a fotógrafa cearense Priscila Smiths. Para a jovem, não é todo mundo que entende o que se trata esta cultura. “Existe o estilo alternativo, que também está dentro da nossa cultura, mas o alternativo não necessariamente é o hipster. O estilo se tornou comum”.

 Smiths acredita que a nova geração que está aderindo ao movimento está meio perdida e isso pode ser uma das causas do seu declínio. “Não é uma cultura nova, por isso existem pessoas que há anos fazem parte dela. Conhecer a proposta do hipster e seus objetivos são formas de manter esta cultura longe de qualquer tipo de alienação”, comenta a fotógrafa.

 Em crise

 Há duas semanas, o fundador e o diretor da American Apparel, expoente deste estilo com leggins e jeans superjustos referenciando o vintage, foram demitidos, enfrentando uma de suas maiores crises.

 Lojas famosas como a Lomography, conhecida pela venda de câmeras fotográficas analógicas russas em tons berrantes, e a Tag & Juice, loja e galeria de bicicletas retrô coloridas, já nem existem mais.

Redação O POVO Online

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O Povo copiou a matéria que saiu na Folha de São Paulo? Ou ambos copiaram a matéria que saiu no The Guardian? 

Há duas semanas, o fundador e o diretor da American Apparel, expoente deste estilo com leggins e jeans superjustos referenciando o vintage, foram demitidos, enfrentando uma de suas maiores crises.

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