Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Têxteis: Concorrência autoriza fusão das três maiores empresas nacionais - Portugal

A AdC diz que a operação "não é susceptível de criar ou reforçar uma posição dominante da qual possam resultar entraves significativos à concorrência".

A Autoridade da Concorrência (AdC) autorizou a concentração das três das maiores empresas de têxteis-lar nacionais que foram compradas pelo Fundo de Recuperação de Empresas, detido pelo Estado e pelos cinco maiores bancos portugueses.

A decisão de "não oposição" da AdC à fusão dos grupos Coelima, António Almeida & Filhos e José Machado de Almeida (JMA), que foi tomada na quarta-feira e publicada no site daquela Autoridade, foi justificada com o facto de esta operação "não ser susceptível de criar ou reforçar uma posição dominante da qual possam resultar entraves significativos à concorrência".

O Fundo que comprou estas três empresas de artigos para o lar, todas com problemas financeiros, pretende manter uma gestão independente ainda que agrupando as empresas na 'holding' MoreTextile, que passará a ser o maior grupo nacional do sector têxtil.

Em declarações à Lusa, fonte oficial da MoreTextile explicou que esta operação de reestruturação empresarial não pressupõe a fusão das três têxteis de Guimarães e de Santo Tirso: "A gestão mantém-se independente, não existindo fusão entre as empresas".

Segundo a mesma fonte, o "principal objectivo da operação é garantir a viabilidade das empresas, que estavam ameaçadas devido à situação financeira e às dificuldades de mercado decorrentes dos constrangimentos da procura, da concorrência dos países asiáticos e da subida exponencial dos custos de produção".

As três empresas fabricantes de roupa de cama e de artigos em felpo (toalhas de praia, roupões, panos de cozinha) empregam cerca de 2.000 pessoas, registaram no ano passado um volume de vendas de 100 milhões de euros e exportam para a Europa, Estados Unidos e Canadá.

O Fundo de Recuperação de Empresas foi criado em Julho de 2009 pelo Estado (através da Direcção-Geral do Tesouro e Finanças) e pelas cinco maiores instituições financeiras nacionais, com o objectivo de apoiar a reestruturação de empresas com potencial económico, mas com estruturas financeiras desajustadas.

A empresa de calçado Move On (ex-Aerosoles) com uma fábrica em Esmoriz e outra na Índia, tinha sido a última aquisição conhecida do Fundo de Recuperação de Empresas, em Julho de 2010, por 2,7 milhões em processo de insolvência, tendo entretanto já alienado parte do capital ao grupo indiano Tata.

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