“Para todos ganharem melhor na indústria têxtil e vestuário só há uma coisa que se pode fazer: aumentar a produtividade”, disse Mário Jorge Machado, presidente da ATP – Associação Têxtil e Vestuário de Portugal, na V edição das Jornadas de Engenharia Têxtil da Universidade do Minho.
“Utilizem o vosso cérebro, façam-no funcionar com esteroides, e aprendam com as ferramentas de inteligência artificial, juntem a robótica no processo produtivo e a indústria têxtil pagará melhores salários”, continuou.
O dirigente associativo integrou esta quarta-feira a mesa redonda ‘Desafios da Indústria Têxtil: a guerra da reciclagem’, juntamente com César Araújo, da ANIVEC. A dupla abordou a importância das associações no sector, a importância das escolas de engenharia e a atratividade de engenheiros para essas escolas para o sector e os desafios do setor em termos de inovação, sustentabilidade e circularidade.
Mário Jorge Machado, vincou durante a sua intervenção a importância do trabalho dos futuros engenheiros para manter a indústria têxtil portuguesa na vanguarda e como uma indústria de relevo, sublinhou também que não devem ficar à espera que a empresa diga os problemas que tem, mas sim terem uma atitude proativa de procura dos problemas e apresentação das soluções.
No Campus de Azurém, em Guimarães, falou-se também de como a tecnologia ainda não acompanha a legislação, que já vai mais avançada do que a capacidade de as empresas reciclarem as fibras, reconheceu-se que o negócio circular ainda não está desenvolvido suficientemente bem do ponto de vista tecnológico para conseguir competir em termos de preços com as fibras virgens e que a reciprocidade é essencial para se manterem os negócios e evitar uma guerra aduaneira.
Entre os principais desafios apontados esteve a reindustrialização da Europa e a imposição de regras justas e igualitárias para todos os que vendem no espaço europeu. “A produção industrial na Europa continua a descer e está em risco”, disseram.
Denunciando de seguida que “a Europa tem 400 milhões de consumidores, mas as empresas estão a combater num terreno de jogo desnivelado, onde a indústria europeia tem dificuldade em cumprir com as regras, que não são iguais para os produtos importados”. César Araújo passou uma mensagem importante de que um produto de moda como é o vestuário não pode ser descartável, “sobretudo quando é feito com paixão”.
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