Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI
Com a realização da Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2025, a COP30, em Belém (PA), de 10 e 21 de novembro, os olhos do mundo estão voltados para o Brasil e suas estratégias de transição ecológica. Nesse contexto, o varejo de moda nacional se posiciona como um setor estratégico na busca por soluções que conciliem crescimento econômico, geração de empregos e redução de impactos socioambientais.
A Associação Brasileira do Varejo Têxtil (ABVTEX), que reúne as principais marcas de moda do país, destaca o papel do setor na agenda de descarbonização e na construção de cadeias produtivas mais sustentáveis e transparentes.
Segundo a ABVTEX, a cadeia têxtil e de confecção tem um potencial expressivo de transformação, tanto pela sua extensão, que envolve desde a produção de fibras até o pós-consumo, quanto pela sua capacidade de gerar impactos sociais positivos quando conduzida com responsabilidade. “A COP30 é um marco para o Brasil e uma oportunidade de mostrar ao mundo o compromisso do varejo de moda com a sustentabilidade e com práticas empresariais alinhadas à Agenda 2030”, afirma Edmundo Lima, diretor executivo da ABVTEX.
Descarbonização e economia circular
Entre os principais temas de destaque no debate internacional, a ABVTEX aponta a descarbonização das cadeias produtivas, a priorização de matérias-primas mais sustentáveis, a gestão de resíduos e reciclagem de têxteis e a transparência nas relações de trabalho. A associação incentiva empresas do setor a adotarem metas de redução de emissões, revisarem processos logísticos e ampliarem o uso de materiais e fibras mais sustentáveis, como algodão certificado, fibras recicladas e tecidos de base biológica.
“A descarbonização não depende apenas da indústria pesada. Cada elo da cadeia tem um papel a cumprir, do design ao descarte. O consumo e a produção responsáveis são essenciais para atingir as metas globais de clima”, observa Lima.
A entidade disponibiliza gratuitamente o Guia de Uso da Matriz de Materiais e Fibras Preferenciais, uma ferramenta estratégica que oferece orientações técnicas e aplicáveis para a seleção de matérias-primas com menor impacto ambiental e social.
Moda com propósito e colaboração
A ABVTEX também destaca que a COP30 representa um espaço de colaboração multissetorial, no qual empresas, governo e sociedade civil podem fortalecer compromissos de longo prazo. O avanço da devida diligência e dos mecanismos de monitoramento é um dos pilares para que o setor garanta transparência e promova condições dignas de trabalho.
“Hoje, mais de 90% da produção nacional de moda passa por pequenas e médias empresas. Promover uma cadeia ética e sustentável significa também garantir oportunidades e inclusão social”, reforça o diretor da ABVTEX.
A associação lembra que as práticas ASG (ambientais, sociais e de governança) já deixaram de ser diferenciais para se tornarem parte da competitividade das empresas. “O futuro do varejo de moda é verde, digital e transparente. A COP30 é uma oportunidade para reafirmar esse compromisso e mostrar que sustentabilidade é também estratégia de negócio”, reforça Lima.
Com esse propósito, a ABVTEX participará da COP30, representada por Edmundo Lima e a convite da Fundação Ellen MacArthur, no dia 18 de novembro. O painel “Da natureza à ação climática: repensando os biomateriais em uma economia circular”, acontece no Pavilhão ABDI da Green Zone, às 16h. O debate contará também com a participação da Fundação e da Coalizão de Economia Circular da América Latina e do Caribe, que estão desenvolvendo um estudo sobre a temática.
Fonte: Redação | Foto: Divulgação
https://guiajeanswear.com.br/noticias/varejo-de-moda-chega-a-cop30-...
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