Vestuário: quase 500 vagas foram fechadas, em São Paulo
Vestuário: o emprego já sente
os sinais vindos da baixa produção...
O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) divulgou os dados consolidados do primeiro semestre de 2012, referentes ao mercado de trabalho formal. Reunidos na tabela acima, os números refletem o momento desfavorável da indústria têxtil e do vestuário; quer seja em São Paulo ou no Brasil. Ainda que os dados tragam algumas contradições, eles reiteram o baixo dinamismo do setor que já chega ao emprego com carteira assinada.
Em São Paulo, a conjuntura é ainda mais grave. Enquanto no ano passado, no mês de junho, o setor empregava mais 300 trabalhadores, neste ano, na mesma base de comparação, fecharam-se 487 postos de trabalho. Muito embora no acumulado do semestre ainda existam contratações liquidas, elas são 70% menores do que em idêntico período do ano anterior, resultado de 5.637 vagas criadas nos primeiros seis meses de 2011 e apenas 1.676, no ano de 2012.
No mês de referência da pesquisa, no Brasil, foram formalizados 889 postos. Pode-se supor – sem poder comprovar de imediato – que parte dos empregos perdidos em São Paulo migrou para outros estados. Certamente, isso ocorreu, mas não é possível determinar em que medida. Outro fenômeno que pode ter influência no número nacional é a questão de tornar formal um posto de trabalho que era informal, até então. Mais adiante será possível conferir isso.
Por último, ainda que o resultado nacional possa trazer algum novo dado nos próximos meses, um fato já se faz presente: menor fôlego para o mercado de trabalho deste que é o 2º maior empregador da indústria da transformação. No País, o acumulado de jan-jun/12 criou 12,37% menos empregos formais do que no primeiro semestre do ano passado.
A preocupação que fica é a de que esse cenário de redução de vagas possa continuar também no segundo semestre, caso o produto nacional não volte a participar das vendas do comércio e continue perdendo participação para o importado, que concorre de forma privilegiada.