Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Você prefere uma jaqueta de cacto ou de maçã? As grifes e os novos biomateriais!

Amber Valletta se uniu à Karl Lagerfeld pra lançar uma colab sustentável

As alternativas ao couro de origem animal e sintético estão cada vez melhores e mais tecnológicas! Depois do cogumelo, usado pela Hermès e outras marcas (saiba tudo aqui), agora é a vez dos cactos. Esse novo couro foi desenvolvido pela startup mexicana Desserto, premiada recentemente pelo PETA pela inovação livre de crueldade.

A dupla à frente da empresa, Adrián Lopez Velarde e Marte Cázarez, conta que a espécie usada, a Notus Cactus, não precisa de água e agrotóxicos pra crescer e nasce em abundância no México, facilitando muito o processo de produção. Por isso, o couro é orgânico, parcialmente biodegradável e tem durabilidade de 10 anos! A matéria-prima é tão interessante que a marca Karl Lagerfeld já desenvolveu produtos em parceria com a modelo e ativista Amber Valletta.

Divulgação

O couro de cactos é muito parecido com o tradicional

Colorida com pigmentos orgânicos, a coleção-cápsula possui onze itens como bolsas feitas com o couro de cacto, garrafa de água reutilizável e porta-cartão. Uma segunda coleção sustentável, desta vez incluindo roupas, já está prevista pra primavera-verão 2022. Com preços entre R$ 317 e R$ 5.199, dá pra encontrar alguns produtos na Farfetch neste link e parte dos lucros será doada pra The Ocean Cleanup, uma ONG que desenvolve tecnologia pra extrair plástico dos oceanos.

Aqui no Brasil, a Nova Kaeru desenvolveu o BeLeaf, um material que se assemelha muito ao couro, mas é feito de Colocasias, uma planta nativa nacional (te falamos mais sobre neste link). Agora, o estilista brasileiro Pedro Lourenço aderiu também e lançou uma jaqueta para a sua marca Zilver com sede em Londres. O sucesso foi imediato e a peça já esgotou, mas aqui você encontra uma jaqueta da grife feita de biomaterial à base de maçã por £635 (R$ 4.728)! Incrível, né?