Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

A estudante Alessandra de Souza começou a inovar com a produção de diferentes itens com crochê e conquistou um bom número de clientes – Fotos: Janailton Falcão

A moda do crochê voltou com força total ao mercado avulso nas vizinhanças e canais particulares de venda. Cada vez mais, mulheres que já dominavam essa técnica de confecção e customização de roupas e acessórios estão fazendo da atividade uma fonte de renda. O conceito retomou o gosto do público e ganha espaço a cada dia na comercialização com influência tanto da situação ainda ruim da economia quanto das tendências da moda.

A estudante Alessandra de Souza, 19, que faz crochê desde a infância, ao ingressar na faculdade de jornalismo e ter maiores necessidades financeiras, encontrou na atividade uma fonte de renda garantida e hoje fatura em média com grande número de encomendas, um valor aproximado de até R$ 1,5 mil. “Eu fazia bichinhos de pelúcia em forma de crochê, colocava no Facebook, e as pessoas começaram a indicar que eu vendesse”, explica.

A jovem passou não só a vender, como inovar na produção trazendo novos itens para a clientela que já estava com o interesse aguçado sobre os produtos. O dinheiro que começou a faturar na época, cerca de R$ 300 por mês, que segundo ela ainda era pouco, pagava os custos da universidade, como xerox, transporte e alimentação.

Com o desenvolvimento da atividade e a expansão da produção para uma variedade ainda maior de produtos que incluem roupas, sapatos, tapetes, itens de decoração de casa, capas, roupinhas de bebês, a renda aumentou consideravelmente em dois anos, atingindo o valor de até R$ 1,5 mil por mês. “Acabei me tornando autônoma apenas com a venda dos bichinhos de crochê”, conta.

Atualmente, a variedade que Alessandra produz é ainda maior, contemplando itens diferenciados como, sapatos para adultos, capa de caderno, todo tipo de roupa, grampos de cabelo e outros. Ela pensa, futuramente, em abrir uma empresa, mas já alimenta uma página no Facebook, chamada “Mega Arte Crochê”, por onde os clientes acessam os produtos e fazem as encomendas.

Mercado

Fabricação dos produtos não é simples e pode levar até um dia para a finalização

Algumas mulheres que já sabiam fazer crochê, mas que estavam atuando em atividades diferentes, foram forçadas pela alta no desemprego, a usar esse conhecimento mesclado com outros tipos de artesanato e customização, para ter uma renda a mais e se sustentar.

“Comecei a vender há 3 anos, mas as vendas com alta renda se intensificaram mesmo há 2 anos”, relembra Alessandra.

A estudante notou nas redes sociais, por meio de grupos de produtoras de crochê espalhadas pelo Brasil, que o movimento vem crescendo por todo país, impulsionado não apenas pela necessidade financeira, mas pela moda também.

“A tendência do momento são calçados de crochê, como sapatos, sandálias e botas, criados com renda adaptada, onde se vai modificando e usando a criatividade, fazendo com que cresça ainda mais esse segmento em termos de valorização da venda”, detalha.

Produção

A produção, porém, não é nada simples

Quanto ao tempo, Alessandra disse que também é demorado. Para fazer um urso de pelúcia se leva um dia inteiro. A renda também pode variar de acordo com o tipo de pedido, que quando se trata de varejo, pode ser menor em torno de R$ 1 mil apenas, mas quando é feita em atacado, pode chegar a R$ 1,5 mil.

Alessandra finalizou dizendo que o trabalho ainda não é tão valorizado como deve ser, porque se gasta bastante tempo, trabalho e dinheiro, mas o público as vezes ignora esses investimentos de tempo e dinheiro querendo reduzir mais o preço. “Eu tenho o produto e ofereço, mas o cliente quer fazer o meu produto mais barato do que deve ser, mas para produzir não é tão barato assim”, argumenta.

Joandres Xavier

EM TEMPO

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