Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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O plástico é um dos grandes colaboradores para o acúmulo de resíduos sólidos nas cidades brasileiras. Um dos piores problemas originados no descarte de materiais plásticos por aqui é o espaço que ocupam nos aterros sanitários (onde existem). Embora representem algo em torno de 10% do peso total do lixo, ocupam até 20% de seu volume, contribuindo também para o aumento dos custos de coleta, transporte e descarte final dos resíduos urbanos. Outro problema sério a ser levado em consideração é de o plástico (em geral) ser de difícil decomposição.

Mas o cenário vem mudando gradativamente. O último censo da Associação Brasileira da Indústria do PET (Abipet), divulgado na última terça-feira (23), mostra que em 2010 o volume de PET reciclado no Brasil cresceu 7,6%. O país está entre os maiores recicladores de PET do mundo e é o melhor preparado para a reciclagem do material, tendo desenvolvido a maior variedade de aplicações para o setor.

O censo mostra que o Brasil dá a destinação adequada a 56% do total de embalagens PET consumidas. Esse material reciclado alimenta uma indústria diversificada, onde o maior usuário continua sendo o setor têxtil, com 38% do total reciclado. Em seguida estão as resinas insaturadas e alquídicas (19%), embalagens (17%), laminados e chapas (8%), fitas de arquear (7%), tubos (4%) e outros (7%).

Em 2010, pelo menos 282 mil toneladas de embalagens foram destinadas corretamente, mesmo o investimento em sistemas de coleta seletiva no Brasil sendo inferior ao desejável ante o potencial reciclador brasileiro.

De acordo com Auri Marçon, presidente da Abipet, o Brasil precisa implantar o quanto antes um sistema de coleta seletiva eficiente, para continuar avançando nos índices de reciclagem. As empresas do setor do PET investiram em capacidade de reciclagem e em inovação. Mas o parque instalado tem forte ociosidade e será difícil continuar crescendo sem um sistema público de coleta seletiva que possibilite o retorno das embalagens pós-consumo à indústria.

Este já é o 7º Censo da Reciclagem do PET no Brasil, que é realizado desde 2004. O levantamento indica que a alta demanda pelo PET reciclado continua garantindo a sustentabilidade, inclusive econômica, da atividade. Tanto, que a indústria da reciclagem do PET fechou o ano de 2010 com faturamento de R$ 1,18 bilhão, acima do R$ 1,09 bilhão registrado no ano anterior. Esse valor já corresponde a 36% de todo o faturamento do setor do PET no ano passado (embalagens PET mais produtos reciclados), que foi de R$ 3,27 bilhões.

No entanto, o censo também mostra que ainda há lacunas a serem ocupadas pelos agentes deste mercado, que pode ser rentável para todas as partes envolvidas. Mas ainda é grande a dificuldade da indústria para ter acesso à embalagem pós-consumo, que muitas vezes não tem a destinação adequada.
Fonte:|http://www.pernambuco.com/ultimas/nota.asp?materia=20110825153143&a...

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