Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Vulcabrás/Azaleia Já Demitiu 1,5 mil e Vai Fechar Mais 6 Fábricas na Bahia

São Paulo - Os 1,8 mil trabalhadores de seis fábricas da Vulcabras/Azaleia na Bahia receberam um presente de Natal amargo: a empresa anunciou na última sexta-feira o fechamento de suas unidades em Potiraguá, Itarantim, Maiquinique, Ibicuí, Iguaí e Itati. De novembro a dezembro, a companhia confirma a demissão de 1,5 mil funcionários no estado. Em todo o ano, o número de trabalhadores desligados pela empresa na Bahia pode chegar a 4 mil, de acordo com o Sindicato dos Trabalhadores de Calçados de Itapetinga e Região. Em maio, a calçadista já havia fechado uma planta em Parobé, no Rio Grande do Sul, demitindo 800 funcionários.

A empresa afirma, em nota oficial, que os 1,8 mil trabalhadores das seis operações encerradas poderão ser transferidos para outras nove unidades que permanecerão em atividade no estado, com transporte diário para os novos locais. Os funcionários que não optarem pela transferência deverão ser indenizados em dois salários mínimos, além das verbas rescisórias. "Muitos trabalhadores não vão querer a transferência, por causa do desgaste, vai aumentar o desemprego nos municípios", afirma o diretor do sindicato, Reginaldo Quadros. Em Maiquinique, por exemplo, os 360 empregos da Azaleia representam 36% do total de empregados com carteira assinada no município, segundo a Secretaria da Indústria, Comércio e Mineração da Bahia.

Em nota oficial, o presidente da empresa, Milton Cardoso, justifica o encerramento pelo baixo volume de produção das unidades, que fabricam cabedais e fazem a montagem final de calçados esportivos, com componentes trazidos da matriz em Itapetinga. Outra razão seria o elevado custo de logística, devido ao fato de as filiais serem distantes da sede. Por fim, a concorrência com os importados é apontada como grande vilã. "O comportamento da taxa de câmbio amplia a concorrência de calçados importados e nossos produtos têm que disputar o desejo do consumidor brasileiro ao lado de concorrentes cujos custos não evoluem como os nossos", afirma Cardoso.

A empresa diz que a decisão não tem relação com a abertura de uma unidade fabril na Índia, ainda em fase de viabilização. "Como a fábrica ainda não está funcionando, não há relação direta, mas tanto os fechamentos, quanto a migração, fazem parte de um mesmo movimento de redução de custos", afirma a analista do setor de calçados da consultoria Lafis, Hérida Tavares. "É um momento crítico para a indústria calçadista, devido à concorrência com os importados. Este não foi um ano fácil, a produção caiu mais de 14%", lembra ela.

Como incentivo para a continuidade da empresa no estado, o Governo da Bahia havia articulado junto ao Banco do Nordeste um empréstimo de R$ 64 milhões, aprovado em julho deste ano. Agora, o aporte pode ser suspenso. "A liberação desses recursos estava condicionada à suspensão imediata de novas demissões no complexo baiano", afirma o secretário da Indústria, James Correia. "Poderíamos ter sido consultados antes para até evitar essa decisão", declarou.

Como parte da política de incentivo ao setor, o governo anunciou na quinta o aumento de 1,5% sobre a importação de produtos têxteis, calçados e imóveis.

Fonte:|http://www.dci.com.br/Azaleia--ja-demitiu-1_5-mil-e-vai-fechar-mais...

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Respostas a este tópico

e Mantega ....equipe economica.....??? nao se toma deciçoes !!!! até qdo????

Que belo futuro espera as industrias têxtil e calçadista hem...!

Sr. Ministro, tome as rédeas da situação: desonere a folha de salários, reduza a carga tributária, incentive a modernização dos setores. Faça isso ou o Sr. vai ver esse país "fechar as portas". Quem for vivo verá.
Esse monstro chinês (entre outros) não é de brincadeira não. 

Penso que as desculpas não são plausiveis, pois sou um grande consumidor dos tênis Olympikus, e notei que os últimos modelos perderam em muito o conforte e a qualidade, não pode se justificar somente isto, uma vez que o governo protege a indústria nacional com Dumping, a empresa tem que equiparar a qualidade também para que possa tirar conclusões de estar sendo atingida pelos importados, pois as grandes marcas também são produzidas no Brasil com materiais alternativos e com muito mais conforto, a Olympikus já tinha um bom conceito de conforto, é preciso rever isto também. A redução não é solução e sim uma desculpa.

Alberto Luiz Wanner.

Vi varias vezes  o mesmo filme nos USA e sempre acabava desta forma.

Fechamento de fábricas e demissões. O capital não tem pátria, os governantes não tem foco e os trabalhadores locais são as vitimas.

ESTAMOS CAMINHANDO PARA A DESINDUSTRIALIZAÇÃO DE NOSSO PAÍS. ATÉ ONDE IREMOS AGUENTAR? E O GOVERNO FEDERAL NÃO TOMA NENHUMA INICIATIVA PARA COIBIR ESTE AVANÇO. SE NA BAHIA QUE DEU TODOS OS INCENTIVOS, MÃO-DE-OBRA BARATA, ISENÇÃO DE IMPOSTOS ETC. ESTÁ SSIM, IMAGINEM NO CENTRO-SUL DO PAÍS?

É ...QUEM SABE AGORA O GOVERNO COMEÇA A SE MEXER!!!!VAI COMEÇAR A DOER NO RABO DELE!!!

 

GEORGES LOUIS

Se bobear vão pegar uma grana no BNDES, para iniciar as operações na India!!!

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