Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

20 rivalidades históricas que dominaram os mercados

Da tecnologia ao entretenimento, conheça as grandes disputas que marcaram economias e influenciaram consumidores

O capitalismo se alimenta de competição. Concorrência implacável é um dos princípios que regem a economia de mercado que vivenciamos, e leva produtos e serviços a se desenvolverem avançando em qualidade, valor e atenção ao consumidor. O site da Fast Company elencoualgumas das maiores disputas de negócios dos EUA, e o Administradores resolveu expandir a lista, incluindo também alguns exemplos nacionais. Muitos dos casos citados viraram clássicos, como é o caso da Pepsi e da Coca-Cola.

A concorrência hoje em dia não está só no desenvolvimento do produto e do marketing, mas na interação com o consumidor nas redes sociais, em disputas de propriedade intelectual, proteção a dados etc. As armas evoluíram. Mas, independente da forma que a competição toma, é possível extrair várias lições de negócios das grandes rivalidades de mercado. Vamos a elas:

1 - Pepsi X Coca-Cola

À esquerda, peça publicitária da Pepsi que diz: "Desejamos um Halloween assustador". À direita, peça da Coca, que apenas mudou a frase e reproduziu o comercial dizendo "todos querem ser heróis". - Via 9gag

A competição entre as marcas é coisa antiga e uma das mais famosas. A concorrência é tanta que, nos anos 80, a Coca-Cola chegou a mudar sua fórmula de 99 anos de idade para parecer mais com a Pepsi, que era recém chegada no mercado e já representava um impacto nas vendas da Coca, que caíram consideravelmente. Assim, foi introduzida no mercado a New Coke, versão mais adocicada da bebida. O novo produto foi um fiasco, mesmo sendo uma fonte de aprendizado para a Coca-Cola, como explicamos aqui.

A Coca voltou à sua fórmula original, pediu desculpas aos clientes que escreveram pedindo o sabor antigo e aos poucos tirou a New Coke das prateleiras. Assim voltou ao topo do mercado e permaneceu soberana, com a Pepsi sempre em um segundo lugar não tão distante. Até hoje as duas marcas investem em propagandas que referenciam uma à outra claramente, ainda que sem citar os nomes de forma explícita.

Veja duas compilações de comerciais que mostram a relação das marcas, em inglês:

2 - Brahma X Antártica

Rivalidade que deu em casamento. Mas antes de 1999, quando se juntaram para formar a poderosa Ambev, as duas marcas de cerveja brigavam pela primeira posição de mercado no Brasil. A Companhia Antarctica Paulista, de 1885, tinha domínio do mercado de São Paulo. A Companhia Cervejaria Brahma, de 1888, era a preferida no Rio de Janeiro.
Sempre preocupadas em vencer a briga nacional, as duas marcas investiram pesado em propagandas e marketing. As propagandas para televisão das duas tinham a característica de buscar alfinetar a concorrente, brincando com o slogan ou frase de efeito usados. Confira esses VTs de meados dos anos 70:

3 - Marvel x DC Comics

Capa da HQ Dark Claw, o Garra das Trevas no Brasil/ Reprodução

Aqui a rivalidade ultrapassou a concorrência entre empresas que ofertam produtos similares, invadindo as páginas dos quadrinhos publicados por cada uma. Em 1996, confrontos envolvendo personagens dos dois universos foram desenvolvidos e transformados em volumes contendo histórias conjuntas das duas marcas. Os fãs votariam para decidir o final das batalhas. A cada confronto as "brigas" se intensificavam, levando os leitores a engajar em discussões sobre quem deveria ganhar.

Nos resultados dos votos, a Marvel levou a melhor, mas na história final nenhum lado foi mostrado como vitorioso. Disso surgiu o universo Amálgama, um espaço de interseção entre Marvel e DC, que trouxe personagens como o Dark Claw, que juntava as identidades do Batman e Wolverine, por exemplo. As duas editoras foram de rivais a parceiras. As marcas mantêm uma boa relação de competição, e a existência da concorrência é fonte de engajamento para fãs e entusiastas dos dois universos, movimentando o mercado nerd. Hoje em dia, a competição está muito ligada às adaptações das histórias em quadrinhos para TV e cinema, com a Marvel sendo adquirida pela Disney, e a DC entrando para o conglomerado Time Warner.

4 - Playstation X Xbox

No mundo dos consoles de games essa é possivelmente a maior rivalidade. Em 2001, quando a Microsoft anunciou a chegada do Xbox, a Sony reinava absoluta com o PlayStation. Desde a metade dos anos 90, a empresa estava no topo do mercado, e já havia vendido centenas de milhões de aparelhos, o que era uma grande marca para a época. Com a equipe de programadores da Microsoft e o império de Bill Gates por trás da iniciativa, porém, o Xbox se transformou em um concorrente de peso.

A cada nova geração de consoles, as duas empresas buscam introduzir formas de conexão com outros aparelhos eletrônicos, uma tentando ultrapassar a outra no nível de tecnologia. Consoles hoje servem para acessar a internet, ouvir música e até substituem computadores pessoais em alguns aspectos. Tudo está ficando cada vez mais conectado nas casas e esses aparelhos são figuras importantes nessa evolução. A briga tecnológica entre as duas empresas para dominar o mercado é também uma competição para dominar as "casas digitais" do futuro.

5 - Globo X SBT

Representando mais uma boa e velha rivalidade nacional, a concorrência entre as emissoras de televisão líderes no Brasil é amigável, na maioria do tempo. Sílvio Santos nunca escondeu o objetivo de bater a Globo, líder de audiência no Brasil há mais de 40 anos, mas sempre através de programações concorrentes e não necessariamente de ataques. Um exemplo de programa similar são os de auditório exibidos aos domingos.

A Globo sempre permaneceu no topo e o SBT se contentou em tentar fazer crescer sua audiência sem tentar ganhar da concorrente. Sílvio Santos inclusive declarou recentemente não se importar mais com esses números. A relação de competição resultou em mais produções originais do SBT, que costumava somente importar grande parte de sua programação ficcional, com as famosas "novelas mexicanas".

6 - Faustão X Gugu

Os dois apresentadores de programa de auditório foram as "caras" do domingo brasileiro durante décadas. Dentro da relação de Globo e SBT, os dois disputavam audiência e recorriam a sensacionalismo para chamar atenção. Em 2003, um caso notável de desespero pela busca de audiência veio à tona, por parte de Gugu Liberato: foi anunciada uma entrevista exclusiva com integrantes do PCC, que faziam ameaças inclusive a outros apresentadores de televisão. O Ministro das Comunicações abriu um inquérito, porém, desconfiando da veracidade da entrevista. Após investigação, foi comprovado que o material era falso, e o SBT e Gugu tiveram que pagar indenização a alguns dos supostos ameaçados.

7- McDonald's X Burger King

"O gosto é simplesmente melhor", diz a peça do Burger King - Divulgação

Rivalidade que já chega aos 60 anos de idade, a briga entre as duas redes costumava se materializar no hambúrguer. Qual o melhro custo-benefício? Qual tem a melhor qualidade e sabor? No início, lá em meados da década de 50, as empresas brigavam para oferecer os menores preços. O McDonald's tinha seu hambúrguer de 15 centavos de dólar. O Burger King, optando por investir em qualidade, lançou o gigante hambúrguer Whopper por 37 centavos de dólar. Em seguida, o concorrente precisou criar o seu próprio sanduíche monstruoso e assim nasceu o Big Mac.

Big Mac - Reprodução

A história se repetiu conforme passaram os anos: os dois sempre buscando superar a competição no hambúrguer. Até que, as mudanças de estilo de vida dos consumidores e a busca por opções mais saudáveis fizeram as duas empresas saírem da zona de conforto e desenvolverem novas opções de cardápio. A briga agora é para ver quem se adaptará melhor às necessidades dos clientes, oferecendo mais variedade e provando ser a opção com menos prejuízos à saúde.

Peça mostra o palhaço do McDonald's comprando no Burger King - Divulgação

8 - Niki Lauda X James Hunt

Cena do filme Rush, de 2013, que conta a história dos pilotos - James Hunt está à esquerda e Niki Lauda, à direita - Reprodução

A rivalidade desses dois pilotos de Fórmula 1 movimentou o esporte e foi responsável por causar em gerações jovens da época (meados dos anos 70) a vontade de acompanhar as corridas. Hunt era o queridinho da mídia pois dava o que falar: apareceu descalço em eventos, ficou conhecido por beber e fazer sexo poucos minutos antes de várias corridas e a lista continua. Uma espécie de rockstar da Fórmula 1. Como piloto, não era tão prudente ou consistente, mas arriscava com estratégias perigosas e que, no geral, rendiam muitas vitórias. Niki Lauda era o contrário. Prezava pela segurança e consistência, o que lhe rendeu o campeonato mundial em 1975. Sua vida era absolutamente discreta e pacata.

Os eventos que os colocaram em evidência mundial, porém, foram os seguintes: Lauda liderava o Grand Prix de 1976, quando sofreu um acidente que lhe deixou em coma. Com Lauda fora, Hunt assumiu a liderança do campeonato. O que ninguém esperava era a recuperação incrível de Lauda, que em poucos meses saiu do coma e resolveu voltar a correr. As corridas que se seguiram alcançaram números de audiência exorbitantes para a época. Em uma reviravolta acompanhada pelo mundo inteiro, Lauda correu o restante do ano e perdeu o campeonato para Hunt por apenas um ponto, na última corrida. No ano seguinte ele venceu o Grand Prix. A relação dos dois marcou a Fórmula 1 e rendeu até um filme, que no Brasil se chama Rush - No limite da emoção.

9 - Ford X GM

Em 1912, a General Motors abriu suas portas, visando desafiar o líder de mercado Henry Ford. Com o Model T, Ford tinha alcançado sucesso de vendas graças à sua inovação industrial, que permitiu fornecer carros baratos às massas. Em 1927, a empresa já tinha vendido mais de 15 milhões de unidades do Model T, revolucionando a vida dos norte-americanos que até então apenas sonhavam com a independência que um automóvel proporciona. Aos poucos a GM foi ganhando fatias de mercado até que em 1931, desbancou a rival e conseguiu a liderança na manufatura de carros. Permaneceu no posto pelas oito décadas seguintes. Hoje em dia, a pergunta é quem conseguirá levar carros a preços justos para locais em desenvolvimento. Quem fizer isso provavelmente ganhará a corrida.

10 - Jobs x Bill Gates

Jobs e Gates em entrevista para Walter Mossberg e Kara Swisher- Joi Ito/Flickr

Os magnatas da tecnologia tiveram um histórico de parceria e rivalidade. No início de suas empresas, em meados dos anos 70, eles trocavam informações e agiam como parceiros, pois ainda não eram concorrentes de fato. Praticamente uma década depois, com a chegada do Apple Macintosh, seguida do lançamento do Windows da Microsoft, Jobs acusou Gates de copiar algumas funções do seu computador, abrindo processo contra a empresa em 1988. A Apple perdeu a ação e também fatias de mercado. A Windows cresceu consideravelmente, consolidando-se como concorrente. Em 1997, porém, Jobs, que havia deixado o cargo, voltou à Apple como CEO e fez um acordo com Gates, afirmando que as velhas rivalidades deveriam ser esquecidas para que as duas empresas continuassem crescendo. Embora seus negócios ainda concorressem, Jobs e Gates permaneceram amigáveis em suas relações, ainda que não tão próximos como no início.

11 - Apple X Microsoft

São as duas empresas mais valiosas do mundo, segundo a Forbes. Desde os anos 80 disputam em praticamente todas as frentes do mercado da tecnologia, a começar pelos computadores pessoais. Inicialmente a Apple dominava o mercado com os Macintosh, mas com a chegada do Windows, teve sua fatia dividida. Assim, a empresa passou a investir em outros nichos, o que resultou em produtos como o iPod, o iPhone e o iPad, além do serviço de música iTunes. A Microsoft ficou para trás, com o Zuna, mp3 player que flopou no mercado, e com o Windows 7, que não funcionava bem nos tablets e custou a briga contra o iPad. Só agora a empresa se encaminha para uma recuperação, tentando modernizar seus sistemas mobile e com a renovação do Windows para computador e tablets.

12 - Windows x Mac

GIF reúne evolução do sistema da Microsoft em 15 segundos - Divulgação/Pictoline

Rivalidade que existe desde o lançamento do computador pessoal da Microsoft com o sistema Windows, os dois são os maiores concorrentes desse mercado. O Mac é caracterizado pelo design minimalista e intuitivo, e pelos preços bem mais altos. Os computadores Windows são mais acessíveis financeiramente, mas menos arrojados visualmente. São também mais adaptáveis a interagir com vários eletrônicos de diferentes marcas, enquanto os da Apple são especificamente pensados para interagir melhor com outros gadgets da marca. Embora concorram, cada um tem um perfil de usuário e há quem defenda veementemente cada um dos sistemas, por isso a briga pelo domínio de mercado não vai acabar tão cedo.

13 - Galaxy X iPhone

Evolução do Galaxy - Reprodução

Aqui concorrem Apple e Samsung. As duas empresas dominam o mercado de smartphones com esses aparelhos. Entusiastas dos gadgets fazem listas comparando detalhadamente as funções dos aparelhos para definir qual o melhor e, a cada lançamento, fica claro que os novos modelos buscam sempre superar os do concorrente. A Apple até mesmo já processou a Samsung por supostamente copiar suas ideias, incorporando-as nos smartphones. Embora várias outras marcas estejam se aproximando das duas líderes, como a Motorola e a novata Xiaomi, o Galaxy ainda é o principal rival do iPhone.

Confira testes comparativos em que os dois celulares são colocados em água fervente e queimados:

14 - Android X iOS

Giphy

Essa rivalidade causou um rompimento de relações entre Google e Apple, que brigam pela liderança nos sistemas operacionais para smartphones. A criação do Android foi polêmica e causou a demissão de um dos executivos do Google que fazia parte do board da Apple, Eric Schimidt. O iOS é de uso exclusivo no iPhone, enquanto o Android é compatível com várias marcas de aparelhos, sendo essa a sua vantagem competitiva. Steve Jobs declarou publicamente seu desejo de destruir o concorrente, por considerar que era um "produto roubado". A Apple cria equivalentes para todos os aplicativos Google, e o concorrente veta o uso de vários de seus apps por usuários iOS. Essa briga é uma das mais importantes porque o mercado mobile é proeminente hoje, em um mundo no qual a maioria das informações são consumidas através de dispositivos móveis.

15 - Kodak x Fuji

A concorrência entre as duas marcas de equipamentos fotográficos marcou uma geração e virou objeto de estudos em faculdades de negócios. A rivalidade era tanta que as empresas mandavam estudantes para as mesmas universidades, com o objetivo de não permitir que a outra ganhasse qualquer tipo de vantagem. Em caso reportado pelo New York Times, um funcionário da japonesa Fuji foi enviado aos EUA para aprender sobre princípios de negócios norte-americanos, na pós graduação para gerentes seniores da Universidade de Rochester. Ao ficar sabendo disso, a Kodak, que fez grandes contribuições para a instituição e costumava enviar estudantes para lá, pediu que ele não fosse aceito. Dito e feito. Ele foi encaminhado para o MIT. A disputa corporativa influenciava até mesmo a educação dos funcionários.

16 - Canon x Nikon

Via Wikimedia Commons

A rivalidade que nasceu nos anos 40 é o dilema de quem começa a se interessar por fotografia profissional: Canon ou Nikon? No mundo das câmeras DSLR (Digital Single Lens Reflex), as marcas são as principais concorrentes, e há defensores fiéis das duas. Entre as empresas, a concorrência é amigável, mas usuários geralmente são passionais e leais quado se trata dessa rivalidade, até porque a maioria dos equipamentos fotográficos produzidos por cada uma são compatíveis somente com outros produtos da própria marca. O fato é que, em qualidade, as duas empresas apresentam produtos absolutamente comparáveis, pois são concorrentes tão fortes e próximas, que se uma fosse muito inferior, não sobreviveria no mercado.

17 - Office X Google Docs

O pacote Office está no mercado desde a década de 70 e, durante muito tempo, foi líder absoluto de mercado no que diz respeito a aplicativos para o meio corporativo que incluem programas como processador de texto, planilha de cálculo e banco de dados. Para concorrer com o produto, e utilizando a computação em nuvem, a Google lançou, em 2005, o Google Docs, serviço que funciona completamente online, no navegador, e reúne um pacote de aplicativos similares aos do Office. Aliado ao Docs existe o Google Drive, serviço de armazenamento em nuvem. Para não ficar para trás, a Microsoft lançou seu próprio serviço em nuvem, que oferece versões online de seus programas e também espaço para armazenamento. Inclusive, a empresa de Bill Gates recentemente liberou o download do pacote Office para dispositivos móveis de graça, em uma tentativa de abrir vantagem competitiva.

18 - Yahoo X Google

Página inicial do Yahoo Respostas - Reprodução

Hoje parece estranho, mas dez anos atrás essa briga era real. O Yahoo surgiu no mercado em 1995 e alcançou o patamar de endereço online mais visitado. Quando o Google apareceu, em 1998, o jogo começou a mudar. Nos primeiros anos do novo milênio, o serviço de busca do Google já era o mais acessado, graças à sua abordagem diferente do concorrente. O objetivo do Yahoo era manter o usuário em seu site a todo custo, enquanto o buscador do Google estava ali para dar a resposta, ainda que redirecionando o usuário para outro lugar. Além disso, a empresa de Larry Page sempre investiu mais em desenvolvimento de novas tecnologias, criando aplicativos e outros programas como o Google Tradutor e o Google Maps. Assim, aos poucos, foi crescendo e oferecendo ao internauta tudo o que ele precisava para encontrar respostas de todos os tipos, nos próprios serviços que oferece. Desbancou o concorrente e se tornou o fenômeno que é hoje.

19 - Orkut X Facebook

Página inicial do Orkut - Reprodução

Pode não parecer, já que hoje o Facebook reina absoluto, mas o finado Orkut já concorreu com a rede social de Mark Zuckerberg, pelo menos no Brasil. Aqui e na Índia, por exemplo, foi a rede social dominante por vários anos. Em 2011, os brasileiros representavam cerca de 50,5% dos 60 milhões de usuários do Orkut em todo o mundo, quando também ainda era o único país em que o Facebook não liderava. Desde 2009, quando veio ao Brasil, Zuckerberg insistiu em declarar a importância dos brasileiros para o sucesso de sua rede, que ainda penou cerca de 3 anos para conseguir a liderança de mercado aqui. Com o filme de David Fincher sobre o Facebook, de 2010, a rede se popularizou mais por aqui e foi ganhando fãs brasileiros até que em 2012 superou o concorrente em número de usuários do Brasil. Em 2014, foi anunciado o fim do Orkut. Lutou mas perdeu feio.

20 - Guerra dos navegadores

Tirinha de John Martz sobre os navegadores - Crédito: RobotJohnny.com

Esse ponto é um dos mais badalados, pois a disputa não foi somente entre dois concorrentes. Em meados dos anos 90, o Netscape praticamente não tinha competição, sendo de longe o navegador mais utilizado em todo o mundo. Para desafiar esse posto, a Microsoft lança o Internet Explorer, que começa a ganhar fatias de mercado. Em 1997, na ocasião do lançamento do Internet Explorer 4, uma "guerra" informal se deu entre os funcionários das duas empresas. Os da Microsoft desenharam seu logo gigante na frente da sede da concorrente, dizendo "amamos vocês". O Netscape deu o troco da mesma forma, com a mensagem "Netscape 72, Microsoft 18", suas fatias de mercado. Mas o IE levou a melhor, pois veio integrado ao Windows, o que lhe deu uma base de usuários para instalação.

Depois disso o Netscape processou a Microsoft, mas perdeu. Foi incorporado a uma nova empresa, a Mozilla Foundation. Com o desenvolvimento da programação, surgiu o Mozilla Firefox, com navegação mais rápida e funções mais modernas, como uma barra de busca separada. Entre 2004 e 2010 o navegador cresceu e quase desbancou o Explorer, com cerca de metade do mercado em seu domínio. Em 2011, o Google lançou o Chrome, seu navegador, com suporte para WebGL, o Chrome Instant e Chrome Web Store. Ao ficar disponível para o público, alcançou rapidamente o Firefox, ganhando o segundo lugar em uso. Desde 2012 domina o mercado de forma absoluta em uso, e em 2014 alcançou os 60% de usuários de navegadores, com o Firefox em segundo e o IE em terceiro lugar.

 




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