Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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2014 terá desemprego e mais desigualdade, prevê Fórum Econômico Mundial

Altos níveis de desemprego e aumento da desigualdade social são algumas das tendências econômicas que devem marcar o ano de 2014, segundo pesquisa feita pelo Fórum Econômico Mundial, organização que reúne líderes da economia mundial.

A pesquisa do Fórum ouviu mais de 1.500 experts nas áreas de negócios, governo, universidades e sociedade civil organizada. O resultado foi resumido em grandes tópicos, comentados por especialistas que compõem a entidade.

Além dos quatro tópicos citados abaixo, outros cinco que não têm ligação direta com a economia também foram levantados pelo Fórum: o aumento das tensões no Oriente Médio e norte da África; intensificação das ameaças virtuais; falta de preocupação com as mudanças climáticas; esvaziamento de lideranças; crescente importância das megacidades; e desinformação online.

1 – Aumento da desigualdade

De acordo com a pesquisa do Fórum Econômico Mundial, a desigualdade de renda é sentida tanto em países emergentes quanto em nações ricas.

Nos Estados Unidos, por exemplo, a crescente disparidade entre as classes sociais é o maior desafio a ser enfrentado no próximo ano, segundo o relatório. Entre as causas do problema, o Fórum cita a dificuldade de acesso à educação primária e secundária de boa qualidade.

Além disso, nos EUA, os custos da educação superior estão subindo, fazendo com que muitas famílias de classe média não consigam mais pagar pela faculdade dos filhos. De acordo com a presidente do Care USA, Helene Gayle, uma das formas de atacar a desigualdade é se concentrar em disparidades de gênero, de forma a igualar os salários de homens e mulheres, e na capacitação das pessoas, de forma integrada e com impacto de longo prazo.

2 – Continuidade do desemprego estrutural

O relatório registra que, na Europa, o desemprego é a principal questão na qual os governos deveriam prestar atenção para que a crise econômica seja superada.

"Uma geração que inicia sua carreira em completa desesperança está mais vulnerável a políticas populistas. Além disso, vão faltar a ela habilidades essenciais, que são desenvolvidas no início da vida no trabalho. Isso pode minar o futuro da integração europeia, uma vez que os países com as mais altas taxas de desemprego entre os jovens estão na periferia do continente", afirma o relatório.

O relatório conclui que a saída pode estar no incentivo ao empreendedorismo e à inovação. Segundo o Fórum, é responsabilidade das empresas treinar e acolher jovens inexperientes, eventualmente contratando-os ou capacitando-os para o trabalho em outros locais.

3 – Menor confiança na política econômica

A desconfiança com as medidas políticas para retomar o crescimento econômico só tem aumentado nos países mais atingidos pela crise econômica. Se no Brasil 41% das pessoas acreditam que a situação econômica do país é ruim, essa porcentagem chega a 99% na Grécia, e 83% no Reino Unido.

No Japão, 71% das pessoas avaliam que a economia vai mal, e, nos Estados Unidos, 65%. O pessimismo está ligado à desconfiança com relação às decisões políticas que determinam o rumo da economia nesses países. "Há uma dissociação entre os governos e os governados, entre os bancos e as pessoas que fazem os depósitos", afirma o relatório.

Para John Lipsky, que preside o conselho de sistemas monetários internacionais no Fórum, a melhor resposta para a crise na economia global foi a criação do G20, mas a oportunidade de conciliação foi desperdiçada.

"Esforços de cooperação ainda são a melhor forma de lidar com problemas inter-relacionados, e, se mantivermos esta ideia em mente, para reconstruir os primeiros sucessos do G-20, podemos fazer a diferença", diz Lipsky.

4 – Expansão da classe média na Ásia

As sociedades asiáticas estão se expandindo graças à implantação de importantes reformas, como a adoção da economia de mercado, desenvolvimento de pesquisa científica e tecnologia, cultura do pragmatismo e meritocracia, além de investimento em educação, segundo o relatório do Fórum Econômico Mundial.

O rápido crescimento populacional e econômico da Ásia já começa a ocasionar uma enorme pressão nas fontes de matéria-prima globais.

O documento afirma que os habitantes desses países precisam ser mais conscientes do que foram os americanos, por exemplo, e usar com mais responsabilidade os recursos naturais para que não se esgotem, segundo o especialista em assuntos relacionados à China do Fórum, Kishore Mahbubani.

Para ele, a expansão global da classe média deve ser incentivada, apesar dos riscos. Se as questões ambientais puderem ser enfrentadas, o desenvolvimento econômico é positivo, uma vez que as sociedades asiáticas estão vivenciando níveis de paz e prosperidade que não são vistos há séculos na região.

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