Se as “mentiras são um muro entre nós e a realidade”, como diz Thomas Sowell no artigo que traduzo abaixo, Lula e Dilma Rousseff tentaram construir a Muralha da China entre os brasileiros e o mundo real.
O resultado está na capa da revista britânica The Economist, que prevê um 2016 desastroso para o Brasil, e nos autos do inquérito que investiga a Odebrecht, maior empreiteira do país.
As fotos de Dilma e Lula em cada caso fecham “2015: O ano da grande mentira” com dose dupla de realidade, só atenuada pela teimosia da Economist em afirmar que o impeachment levaria a situação ao caos, como se nele já não estivessem mergulhados os 67% dos brasileiros que o desejam, assim como o mercado financeiro e os setores produtivos.
“A realidade não desaparece porque nós não a vemos”, escreve Sowell, citando as mentiras de Barack Obama e Hillary Clinton desmascaradas nos últimos doze meses, como este blog apontou em cada um dos casos ao longo do ano. “Ela simplesmente nos atinge como uma tonelada de tijolos quando menos esperamos”, como acontecerá com a revista britânica se Dilma não cair.
Assim como ela mentiu sobre a situação econômica do Brasil maquiando as contas públicas que agora quer estabilizar com novas manobras ilegais, Lula se esquivou da verdade sobre seu grau de amizade com José Carlos Bumlai, suas palestras pagas pela Odebrecht para camuflar o lobby em favor da empreiteira,seu triplex e seu sítio reformados (com testemunhas) pela OAS, e sua responsabilidade tanto na indicação dos diretores que assaltaram a Petrobras quanto na assinatura de medidas provisórias para favorecer montadoras de veículos.
“Mentir, por si só, não é, obviamente, uma novidade. O que é novidade é a crescente aceitação da mentira”, diz Sowell sobre o caso americano.
No Brasil, nem mentir nem aceitar a mentira são novidades. Novidades são a polícia fichar o pai da mentira e a maioria da população querer abortar o governo da filha.
Esses são os dois melhores legados do país para 2016.
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Thomas Sowell, 28/12/2015
Como havemos de lembrar 2015? Ou devemos tentar esquecê-lo?
É sempre difícil saber quando um ponto de virada foi atingido, e geralmente só o reconhecemos muito tempo depois. No entanto, se 2015 foi um ponto de virada, ele pode muito bem ter marcado um giro em um sentido descendente para a América e para a civilização ocidental.
Este foi o ano em que nós, essencialmente, deixamos o mundo saber que estávamos desistindo de qualquer esforço para tentar impedir o Irã – maior patrocinador mundial do terrorismo internacional – de obter uma bomba nuclear. Certamente não é preciso muita imaginação para prever o que se encontra no final dessa estrada.
Não importa se temos mais bombas nucleares do que eles têm, se eles estão dispostos a morrer e nós, não. Isto pode determinar quem se rende. E o Estado Islâmico e outros terroristas nos deram manifestações terríveis do que uma rendição significaria.
Pondo de lado, por enquanto, a pergunta fatídica se 2015 é um ponto de virada, o que vemos quando olhamos para trás em vez de olhar para a frente? O que caracteriza o ano que agora termina?
Mais do que qualquer outra coisa, 2015 foi o ano da grande mentira. Tem havido mentiras em outros anos, e algumas delas muito grandes, mas mesmo assim 2015 estabeleceu novos máximos – ou novos mínimos.
Este é o ano em que nós aprendemos, a partir dos próprios e-mails de Hillary Clinton, após três longos anos de estagnação, manobras protelatórias e evasivas, que a secretária de Estado Clinton mentiu, e assim o fez o presidente Barack Obama e outros abaixo dele, quando todos eles nos disseram em 2012 que o ataque terrorista em Bengasi, que matou o embaixador americano e três outros americanos não era um ataque terrorista, mas um protesto que fugiu ao controle.
“Que diferença, neste momento, isso faz?”, como clamou depois Hillary Clinton, de modo melodramático, em uma audiência do comitê do Congresso que investiga esse episódio.
Em primeiro lugar, fez uma baita diferença para alguns dos mais altos funcionários do governo americano inventar uma história falsa que eles sabiam na época que era falsa.
Importava tanto que, se a verdade tivesse vindo à tona, às vésperas de uma eleição presidencial, ela poderia ter destruído o conto feliz de Barack Obama sobre como ele tinha desfechado um duro golpe nos terroristas, matando Osama bin Laden (com uma ajudinha dos SEALs, a tropa de elite da Marinha americana).
Se as mentiras de Obama sobre seu triunfo contra o terrorismo tivessem sido expostas na véspera da eleição, isto poderia ter encerrado sua estada na Casa Branca. E poderia ter poupado a nós e ao mundo dos desastres de Obama no Oriente Médio e em outros lugares. É por isso que isto importa e continuará a importar no futuro.
Mentir, por si só, não é, obviamente, uma novidade. O que é novidade é a crescente aceitação da mentira de presunçosos sofisticados como algo que “não é grande coisa” desde que estas mentiras façam avançar suas causas políticas. Muitos na mídia saudaram a exposição de mentiras de Hillary Clinton admirando o quão bem ela lidou consigo mesma.
Mentiras são um muro entre nós e a realidade – e ser aprisionado fora da realidade importa mais que qualquer outra coisa. A realidade não desaparece porque nós não a vemos. Ela simplesmente nos atinge como uma tonelada de tijolos quando menos esperamos.
A maior mentira de 2014 – “Mãos para cima, não atire!” [frase atribuída pela mídia esquerdista ao assaltante negro Michael Brown, cuja autópsia depois revelou que ele não estava de mãos para cima coisíssima nenhuma e na verdade confrontara e tentara pegar a arma do policial que o matou] – teve suas repercussões em 2015, com a defesa aberta do assassinato de policiais, em marchas em todo o país. Mas os assassinatos de policiais em emboscadas que se seguiram não despertou tanta indignação nos meios de comunicação como qualquer uso da força pela polícia contra bandidos.
Tampouco houve a mesma indignação com a elevação da taxa de homicídios quando a polícia recuou, como já fez no passado, na esteira de ser feita de bode expiatório por políticos e meios de comunicação. A maioria das pessoas assassinadas eram negras. Mas, aparentemente, essas vidas negras específicas não importam muito para os ativistas e a mídia.
Ninguém espera que as mentiras irão desaparecer da retórica política. Se você tirasse todas as mentiras da política, o quanto restaria?
Se existe alguma coisa que é bipartidária em Washington, é mentir. O mais recente acordo orçamental mostrou que republicanos do Congresso mentiram em atacado quando disseram que iriam cortar financiamento público do [plano de cobertura de saúde conhecido como] Obamacare, da [maior multinacional do aborto] Planned Parenthood e de outros projetos de estimação dos democratas [membros do partido de Obama].
Quanto a 2015, boa viagem. Podemos apenas esperar que as pessoas que votam em 2016 terão aprendido alguma coisa com os desastres de 2015.
Felipe Moura Brasil ⎯ http://veja.abril.com.br/blog/felipe-moura-brasil
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a pinóquia (madame), deve está muinto feliz com isto!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! Não é???????
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