Raquel Virgínia, da Nhaí; Ariel Nobre, do Observatório da Diversidade; e Maíra Liguori, da Think Eva e da Think Olga falaram sobre dos desafios para a diversidade.
Pauta de vários debates no mercado nos últimos anos, a construção de espaços mais diversos e inclusivos requer um olhar para a coletividade. O assunto foi discutido na quinta-feira, 6, no painel “Próximas fronteiras para equidade, diversidade e inclusão”, no Maximídia 2022, por Raquel Virgínia, CEO da Nhaí; Maíra Liguori, diretora de impacto da Think Eva e da Think Olga; e Ariel Nobre, diretor do Observatório da Diversidade. A moderação foi feita por Ana Cortat, head de estratégia e data da Soko.
De acordo com Maíra, para haver evolução, o debate não pode cair em “armadilhas individuais” no interior das corporações. Ela afirmou que trabalhar a agenda requer atitudes práticas que vão além de contratações específicas.
“Contratar um indivíduo e dizer que é diverso não muda absolutamente nada. Quando se trata de políticas de identidade, temos que olhar para questões que representam todas as pessoas. Trata-se de ação nas empresas e nos territórios. Não é fácil, mas será preciso abalar algumas estruturas até conseguirmos trazer mais inovação”, disse.
Pressionar algumas mudanças na indústria da comunicação tem sido a bandeira levantada pela Nhaí. Segundo a CEO, o esforço tem sido direcionado para mostrar que a diversidade está diretamente relacionada à inovação, à medida que diferentes backgrounds promovem soluções mais completas.
Raquel falou que sem unir a diversidade à possibilidade de novos negócios – e lucros – pouca coisa será mudada de fato. “Reconstruir e reformular é muito difícil, porque a gente entra em um lugar de vícios de costumes, perspectivas e narrativas, mas precisamos demonstrar o quanto simbolizamos riqueza, lucro e possibilidade de inovação. Isso vai atrair mais lideranças para o debate”, complementou.
Nesse contexto, Nobre acrescentou que a pauta, apesar de urgente, muitas vezes, é tratada como “puxadinho”, com investimentos somente em alguns momentos do ano. “A transição que estamos precisando é coletiva, para que a diversidade deixe de ser separada. A próxima fronteira tem que ser a do pertencer, é preciso haver um sentimento humano e necessário de fazer parte de algo maior”, falou.
Mesmo com os desafios, os executivos se dizem otimistas quanto aos resultados. “O mercado é vivo, por isso, é passivo de mudanças. Embora, exista muitas proposições a serem feitas, eu consigo ser otimista e pensar que, mesmo em relação à normatividade, existe um lugar de reconstrução”, finalizou Raquel.
Caio Fulgêncio
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