Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Parece que uma nova presidente chegou ao poder nesta quinta. Ao menos é essa a sensação após seu discurso de posse. Não temos a impressão de que se trata de alguém que já está sentada no comando de nossa política há quatro anos, e que antes disso exerceu cargos influentes no governo do antecessor, de mais oito anos. Ao julgar pelas promessas e pela visão desconectada da realidade, ficamos com a nítida sensação de que veio alguém de fora, para realizar coisas que o atual governo não foi capaz.

É o resultado de um governo voltado para o marketing. Tudo ali é pensado apenas com esse intuito: a propaganda enganosa. Trata-se de um partido em eterna campanha, pois assim sempre foi o PT: viveu em palanques e não sabe governar de verdade. O que importa é a narrativa, a retórica, as palavras, nunca os fatos e a realidade.

Por exemplo: a “prioridade das prioridades” será a educação, sendo que o Brasil perdeu posições no ranking internacional nos últimos anos. E como Dilma demonstra tal foco prioritário na educação? Apontando como ministro Cid Gomes, alguém sem elo algum com o setor e sem um projeto ou uma visão conhecida das receitas necessárias para colocar nossa educação no rumo certo. É uma fala refutada pela ação, como sempre acontece com Dilma.

Vejamos o caso da Petrobras: a presidente fala em “predadores internos e inimigos externos”, como se fossem servidores isolados que resolveram desviar bilhões da estatal sem conhecimento do alto escalão apontado pela própria presidente, que antes presidiu o Conselho de Administração da empresa. Como se alienígenas tivessem chegado do nada na Petrobras e feito esse estrago todo à revelia dos seus principais executivos. Como se o PT e a presidente estivessem lutando para punir esses “malfeitos”. É uma piada de mau gosto, criada pelo marketing.

Na área econômica vemos a mesma coisa: promessas de ajustes indolores, como se isso fosse possível, e como se os tais ajustes não fossem uma necessidade por conta de equívocos do passado, e sim pela conjuntura que se apresenta. Falta humildade para reconhecer os erros e sinceridade para comunicar os efeitos dos ajustes necessários. Coisa de quem é guiado pelo marketing.

Como fica claro nos quarenta minutos de discurso da presidente Dilma, a única “prioridade das prioridades” continua sendo se perpetuar no poder, custe o que custar. Mesmo que para tanto seja preciso “fazer o diabo”. É a mentira como instrumento oficial de manutenção do poder, mesmo quando a campanha para novas eleições se encontra a anos de distância.

O PT nunca saiu do palanque. O ministério novo de Dilma é uma vergonha, uma prova cabal do fisiologismo de sua gestão, da falta de preocupação com resultados concretos. Só o que importa é preservar o poder. E nesse aspecto, o homem mais importante é aquele que toma as decisões estratégicas de marketing. João Santana manda, e Dilma atua como uma boneca, seu ventríloquo que repete as palavras pinçadas e escolhidas a dedo para impressionar os inocentes úteis que ainda acreditam em tais promessas vazias. E ainda há quem acredite nelas?

Rodrigo Constantino

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