Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Fonte:|cienciahoje.pt|

Um interruptor de iluminação embebido num ladrilho e um têxtil com repelência à sujidade são as primeiras inovações do Centro de Nanotecnologia e Materiais Técnicos, Funcionais e Inteligentes (CENTI) a chegar ao mercado.

“Um dos primeiros desafios partiu da indústria de cerâmicas Dominó, que alertada pelos arquitectos sobre a estética dos interruptores, nos levou a desenvolver um ladrilho que é um interruptor de iluminação”, o “Sensortile”, disse à Lusa António Vieira, director do CENTI.



Segundo este responsável, este dispositivo resulta “da aplicação de um material inteligente na cerâmica que responde ao toque” e vai ser submetido à entidade de certificação para depois poder ser comercializado pela empresa de Condeixa.

A “toalha easy-clean”, um têxtil com capacidade de repelência à sujidade e que por isso “não se suja”, que foi desenvolvido no CENTI em parceria com a empresa Têxteis Penedo e o Centro Tecnológico das Indústrias Têxtil e do Vestuário (Citeve), vai chegar ao mercado “nos próximos meses”.

“Utilizamos uma formulação química que inclui nanomateriais que não deixam os líquidos penetrar no tecido”, explicou António Vieira, realçando que “o tecido passou em todos os testes com vinho, café e óleo e resistiu a várias lavagens”. A inovação está em testes industriais para ser fabricado em grande série pela têxtil de Guimarães, enquanto os investigadores do CENTI continuam a tentar optimizar as qualidades da “toalha easy-clean”.

Projecto
Projecto "Nanoleather" pretende tingir o couro através de biocoloração
Do Centro Tecnológico das Indústrias do Couro (CTIC) e da empresa Curtumes Rodrigues chegou o desafio de tornar o material mais amigo do ambiente, que resultou no projecto "Nanoleather" que se traduz na utilização de enzimas para tingir o couro (biocoloração), prescindindo de processos agressivos para o meio ambiente.

“Está também em desenvolvimento um revestimento para o couro que lhe confere maior isolamento térmico”, revelou o responsável, adiantando que o “projecto está em fase de industrialização”.

Em consórcio com 16 entidades europeias, os 30 investigadores do CENTI estão a trabalhar no projecto “Dephotex” com o objectivo de desenvolver células solares têxteis no sentido de se obter têxteis fotovoltaicos flexíveis, de modo a permitir a produção de energia através da radiação solar. “A ideia é conseguir uma perfeita integração das células solares nos têxteis com flexibilidade e a baixo custo com um sem número de aplicações possíveis”, precisou António Vieira.

Em parceria com a Nortávia - Transportes Aéreos, o CENTI promete voar através do filme de elevada barreira que está a ser desenvolvido para forrar uma aeronave e servir de barreira ao hélio, permitindo reduzir o consumo de energia.


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Comentário de Marcel J Gonçalves em 21 setembro 2010 às 17:51
Creio que esta tecnologia da toalha "easy-clean" que não suja, já tenha sido lançada há algum tempo por alguns fabricantes nacionais, dentre os quais tive o privilegio de participar do desenvolvimento. Estou relatando a toalha "sempre limpa" da empresa Karsten S.A. Chamo atenção ao fato de discutirmos o que uma aplicação com "nanotecnologia" terá mesmo de diferente frente a um mesmo tipo de aplicação sem o uso desta tecnologia, que alcança os mesmos benefícios...o que terá de realmente diferente esta nova tecnologia "nano" ?
Comentário de maria graciete correia em 22 julho 2010 às 19:49
PARA CADA DIA QUE PASSA, A TECNOLOGIA AVANÇA UM ANO. ESTOU ENCANTADA COM ESTA EQUAÇÃO FUTURISTA/////////GRACIETE

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